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ARTIGO. Michael Almeida Di Giacomo, Natal e as histórias dos tempos em que éramos todos crianças

Os momentos especiais de uma vida

Por MICHAEL ALMEIDA DI GIACOMO (*)

A nossa vida é repleta de momentos especiais e que ficam guardados em nossa memória por muito tempo, ou nos acompanham a refletir em tantos outros. Tenho a convicção de que, ao fazer uma digressão, será possível constatar que vivemos mais momentos bons e felizes do que lamentos, embora os últimos sejam igualmente marcantes.

Uma breve retrospectiva no ano que finda e você logo lembra das reuniões em família, das conversas a esmo sob a sombra de uma árvore sorvendo um bom chimarrão. Das risadas fáceis na volta da churrasqueira em um dia de domingo. Dos dias de verão a beira-mar ou no campo. Dos amigos que passam a ter sentido em meio a nossa existência.

Assim também são as lembranças mais distantes, como as conversas com nossos avós e o sabor delicioso da comida feita pela nona, que nunca mais você irá encontrar igual. A pelada de futebol no campo de terra batida, o banho de chuva no final de uma tarde ensolarada e as descobertas mais simples, mas, significativas nas aventuras de uma criança.

Nessa digressão de experiências, o dia do natal, uma data simbólica para marcar o nascimento de Jesus Cristo, é o momento ideal para renovar nossa fé de que é “preciso viver e não ter a vergonha de ser feliz”.

Nesta data, o sorriso das crianças é sempre o mais intenso e o mais belo. Elas não têm a exata noção, acredito, do que o momento representa, senão o dia de ganhar presentes. A expectativa de que sob o embrulho do papel colorido esteja contemplado o brinquedo desejado é uma das primeiras ocasiões em nossa vida na qual aprendemos a lição de que nossos sonhos podem tornar-se realidade.

E, até a chegada da noite de natal, todo o contexto vivido marcará nossa infância. Eu, por exemplo, nunca mais esqueci das vezes em que saímos de casa à tardinha para apreciar as lojas e seus enfeites natalinos.

Subíamos ao centro de Santa Maria e, após passar na sorveteria Ula Ula (que à época ficava na rua Bozano) admirávamos todo o colorido das luzes em uma noite repleta de pessoas no calçadão da cidade. Éramos em quatro crianças. Eu e meu irmão, de mãos dadas com meu pai; minhas irmãs, com minha mãe. O cuidado de não se perder em meio à “multidão” era sempre lembrado.

Uma passada na loja Macedo era o momento de conversar com o Papai Noel e ganhar algumas balas. Enquanto isso, minha mãe comprava os presentes, claro, sem nossa presença. É preciso resguardar a surpresa na hora da abertura dos pacotes.

Depois retornávamos a passos lentos e cheios de histórias para contar. Com sorte era possível encontrar algum Papai Noel pelo caminho, ganhar mais balas e nos perguntar como ele poderia estar em mais de um lugar de forma tão rápida.

É uma breve lembrança. Há tantas outras. É, também, a constatação de que o adulto que somos hoje tem por base uma criança que sonha, aprende e vê o mundo sob a premissa daqueles que zelam por sua felicidade.

No Natal as pessoas têm a oportunidade de, mesmo sem nos dar conta, reforçar a mensagem de Jesus Cristo na fé de um mundo libertador, mais fraterno, tolerante e com mais histórias felizes a celebrar os momentos especiais de nossas vidas.

Feliz Natal!

(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestrando em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15.

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: A foto (e várias outras, com obras de arte), você pode investigar e encontrar a partir d’AQUI.

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