BASTIDORES. Bandeira estadual a meio mastro, a sessão suspensa, viagem à capital, Efeito Harrisson
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site
A bandeira do Rio Grande do Sul, na fachada da Câmara de Vereadores de Santa Maria, foi colocada a meio-mastro na tarde de terça-feira (3). A decisão partiu do vereador Ovidio Mayer (PTB), inspirado em uma ação semelhante tomada pelo Legislativo de São Borja, e aprovada em Plenário. Durante o ato, vereadores e servidores públicos do Estado presentes na sessão entoaram no Hino Rio-grandense.
Os parlamentares também decidiram suspender a sessão plenária de quinta (5), a fim de que os edis possam viajar a Porto Alegre (sem diárias) para participarem de um ato estadual contra o pacote do governador Eduardo Leite que modifica a carreira dos servidores públicos. Por enquanto, apenas Valdir Oliveira (PT) confirmou que viajará para o ato.
Atropelo
As decisões foram tomadas pelos vereadores de forma atropelada. Por exemplo: ninguém sabe dizer por quanto tempo a bandeira do Estado ficará a meio mastro, além disso as reuniões das comissões na quinta-feira e uma reunião da Mesa Diretora não foram canceladas.
“A princípio, a reunião da Mesa está mantida. Se tiver quórum, será realizada”, comentou o secretário geral da Casa, Rodrigo Moura
Não gostou I
As decisões sobre baixar a bandeira e a suspensão da sessão de quinta foram tomadas enquanto a vice-presidente da Casa, Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), presidia a sessão. Enquanto isso, a presidente, Cida Brizola (PP), participava de uma reunião na Prefeitura sobre a reforma do secretariado.
Ao voltar ao Parlamento, Cida não ficou contente com a alteração no símbolo gaúcho.
“É regimental baixar a bandeira?”, questionou.
Não gostou II
Quem também não gostou da mudança de posição da bandeira e nem da suspensão da sessão de quinta foi João Kaus (MDB).
“Não morreu ninguém para baixar a bandeira”, disse o emedebista.
Mas de novo?!
Os vereadores campeões em diárias em 2019 vão viajar de novo. Na sessão de terça, o Parlamento aprovou viagem de Vanderlei Araujo (PP) e Admar Pozzobom (PSDB) a Porto Alegre, nesta quarta (4) e quinta (5). A dupla tem reuniões na Assembleia Legislativa, Brigada Militar e na Susepe.
Efeito Harrisson
A movimentação do MDB nos bastidores e a possibilidade de o secretário de Saúde, Francisco Harrisson (MDB), concorrer à Prefeitura acendeu o sinal de alerta em partidos de direita. Existe a preocupação de que o médico se torne aquele candidato diferenciado em 2020, sobretudo, quanto se leva em conta um evidente desgaste do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e do Partido dos Trabalhadores (PT).
Devido ao seu histórico no Exército, tem até graúdo temendo que o emedebista conquiste o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O fato é que uma pré-candidatura do secretário ainda nem está oficialmente confirmada pelo MDB, mas o Efeito Harrisson já estremece aqueles que achavam que não existia vida no MDB sem Cezar Schirmer.
Kuakuakuakuakua! Podem deixar a bandeira a meio pau, a pau completo, podem lamber o mastro da bandeira, que importância tem isto? Ano que vem é ano eleitoral, oportunidade para limpar a casa, passar o rodo. Colocar gente que goste de trabalhar e não perca tempo com atividades circenses.
Harrison pode chegar na prefeitura, não é possível determinar ainda se na oportunidade que se avizinha. Não depende de apoio de B38, mas a petezada tentaria associar a imagem para fins de desgaste. Por que não dependeria? Segunda maior guarnição do país (apesar dos conscritos não votarem), mais Brigada. Cladistone tem o desgaste e um estilo extravagante que não abandonou de todo. Ultima eleição foi apertada, contou muito o antipetismo e um clima de ‘já ganhou’ na véspera do pleito.