SALA DE DEBATE. Poder das Igrejas, candidaturas independentes, livros didáticos para o lixo seletivo…
O início, habitualmente leve, aconteceu com a discussão sobre carteira estudantil, União Santa-Mariense de Estudantes e um pouco de história do movimento dos estudantes secundaristas da cidade. Foi uma prévia das interessantes discussões que se seguiriam, no “Sala de Debate” de hoje, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1, com a ancoragem de Roberto Bisogno.
E olha que o que se tratou tem um bocado de polêmica – enfrentada por este editor, pelos ouvintes (via WhatsApp) e a participação dos convidados desta segunda-feira, Luiz Ernani Araújo, Elvandir José da Costa, Walter Jobim Neto e Alfeu Bisaque Pereira.
Destaque-se aqui um trio de temas, em tudo e por tudo, destinados a gerar polêmica. Um deles o poder das Igrejas ao longo dos tempos, desembocando neste momento – da Católica às pentecostais e neopentecostais. Outro, a história dos livros didáticos descartados e destinados à reciclagem. E um terceiro, igualmente momentoso, a discussão sobre a possibilidade (ou não) de candidaturas independentes.
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Carteira estudantil estava, segundo acusações, nas mãos do PCdoB. Movimento estudantil aparelhado não é novidade.
Democracia representativa depende de representantes eleitos, não de partidos. Tanto que existem as que permitem candidatos independentes. Porém não é tão simples, voto distrital tem que andar junto. Existe o debate no STF, nenhum problema, existe ação a respeito. Acredito que dependeria de alteração na legislação, algo que não vai acontecer justamente por causa dos caciques partidários. Não vão querer abrir mão do poder. Vermelhinhos defendem a ditadura de um partido, para isto ele precisa existir. Logo não passa.
O que vai acontecer no futuro não se sabe, acredita-se que a tecnologia vai desempenhar papel importante (apesar da pérola ‘foi sempre assim, sempre vai ser assim’). Também existe o aspecto ideológico, alguns defendem que as ideologias do século passado trarão as respostas para o século XXI, outros tem certeza que estão ultrapassadas. Os que tem a própria ideologia como religião discordam. Segue o baile, o tempo vai dizer quem tem razão.
Assuntos complexos abordados de maneira superficial. É a proposta do programa, fazer o quê. Na antiga Roma a religião era imbricada com o poder politico. Com a adoção do cristianismo por Constantino o resultado não poderia ser diferente.
Questão dos livros. Inventaram uma desculpa para tirar a parcela de culpa das diretoras das escolas. Obvio que mandar os livros para reciclagem está errado. Obvio que num programa nacional os livros escolhidos não serão de agrado de todos(as). É um programa centralizado em Brasília e obviamente não seria ‘a la carte’, do jeito que está não funciona direito, dar o livro da escolha de cada um seria um problema logístico. Substituir o livro escolhido por uma apostila é apostar na competência do professor da escola. Grau de influencia no resultado não se sabe, mas o ultimo exame do PISA mostrou as particulares ficaram 60 posições na frente das públicas em leitura e perto de 30 posições na frente em matemática. Em ciências algumas particulares ficaram 40 posições na frente.