ELEIÇÕES 2020. Vice de Pozzobom ou a candidatura própria. PP anuncia reunião decisiva para esta quarta
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação/Arquivo), da Equipe do Site
Após três meses de especulação, discussões internas, notas bombásticas à imprensa e uma forte boataria nas duas últimas semanas, o Progressistas de Santa Maria, enfim, marcou a derradeira reunião que definirá o seu futuro. O encontro que interessa a praticamente toda a classe política da cidade, ocorrerá nesta quarta-feira (18), às 19h, no Espaço 486, na Avenida Borges de Medeiros (esquina com a Rua Daudt).
Conforme o presidente interino da sigla, Marco Jacobsen, tudo está sendo organizado para que o PP chegue a um consenso entre dois caminhos: manter a parceria com o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) para as eleições de outubro ou lançar a pré-candidatura ao Executivo do atual vice Sergio Cechin (PP). Independente do resultado do encontro, Jacobsen garante os progressistas estão em sintonia.
“O PP está unido, focado e em ritmo de qualificação de seus quadros para renovar e crescer”, afirma o presidente interino.
Nos bastidores, o clima é de apreensão. Várias lideranças políticas vêm pressionando o PP para tomar uma decisão, uma vez que a escolha da sigla afetará todas as peças do tabuleiro político de Santa Maria, determinando a formação de coligações ao Executivo e até o destino de vereadores na atual janela de troca partidária.
Nos corredores do Legislativo, especula-se que o vereador Francisco Harrisson (MDB) pode vir a ser o vice de Cechin, caso o progressista lance uma pré-candidatura. Ambas as siglas mantêm um bom relacionamento, visto os oito anos de governo Cezar Schirmer (MDB) e José Haidar Farret (então no PP, hoje, sem partido).
Ao mesmo tempo em que acompanham com atenção os sinais de fumaça, os tucanos já buscam culpados em seu próprio ninho. Na última semana, o Site ouviu duras críticas à comunicação institucional da Prefeitura e, sobretudo, ao chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, que acaba se tornando uma espécie de para-raios de Pozzobom.
Já entre os progressistas ouvidos pelo Site há, pelo menos, um consenso: se o partido não lançar candidato ao Executivo, sua bancada ao Legislativo dificilmente passará de dois vereadores. No atual mandato, a legenda tem no Parlamento apenas a dupla Cida Brizola e Vanderlei Araujo. Pouco para uma legenda com o histórico do PP.
Entenda a cruzada progressista
A crise no PP começou em dezembro do ano passado e foi provocada por uma movimentação do MDB. À época, os emedebistas começaram a ensaiar o desembarque da Prefeitura e o lançamento de uma pré-candidatura ao Executivo. Ciente de que perderia o MDB, Pozzobom sinalizou aos progressistas que desejava continuar com a parceria no próximo pleito, abrindo novos cargos na Administração Municipal para a legenda.
A negociação com o governo desagradou o presidente municipal do PP, Mauro Bakof, que vinha promovendo uma intensa agenda de filiações ao longo de 2019 visando a pré-candidatura de Cechin à Prefeitura. Sentindo-se traído, Bakof licenciou-se da presidência em 29 de janeiro (AQUI).
Dias depois, lideranças remanescentes do partido divulgaram uma lista de cargos almejados pela sigla na Administração Municipal a fim de manter a parceria com Pozzobom (AQUI). Jacobsen prontamente divulgou uma nota afirmando tratar-se de “um sonho de uma noite de verão” (AQUI).
Desde então, o PP vem se resguardando e raras informações sobre os debates internos da sigla chegaram à imprensa, o que alimentou diversos boatos nas últimas semanas.
E o velho Gogô, no cantinho da foto, sempre agarrado numa boquinha.
Site poderia parar de ajudar o PT. Já lançou a pré-candidatura de dois aspirantes a edil com destaque. ‘O site ouviu’, sem nomes é fofoca. Como todos os jornalistas que cobrem politica no pais, publicam meia noticia, fofocas de bastidores e preenchem as lacunas com ‘opiniões’. Geram um monte de ruído com objetivos bem claros. Uma pista: se fosse bem feito não ficaria tão evidente.
Culpado : Casa Civil e ponto