A UFSM e o desenvolvimento regional
Por DANIEL ARRUDA CORONEL e NELSON GUILHERME MACHADO PINTO (*)
No mês de abril, foi publicado o Times Higher Education Impact Ranking 2020, o qual é um importante indicador visando mensurar o impacto das universidades na qualidade de vida das pessoas, no compromisso com os objetivos do desenvolvimento sustentável, definido pelas Organização das Nações Unidas (ONU), e em ações que melhorem as condições de vida econômica, cultural e social da população.
De acordo com este indicador, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no conjunto de trinta instituições nacionais envolvidas, ficou em décimo lugar. Tal indicador vem mostrar o que grande parte da sociedade já conhece, ou seja, a importância das universidades públicas para o desenvolvimento econômico e social e, mais especificamente, no caso da UFSM, sua forte sinergia com o desenvolvimento regional e sustentável.
A UFSM tem um papel estratégico e histórico na região Central do Estado do Rio Grande do Sul (RS), não apenas pela sua folha de pagamentos, a qual é fundamental em um cenário de forte recessão pelo qual está passando a economia devido aos efeitos deletérios do Covid-19, mas pelas ações de pesquisa, ensino e extensão, que contribuem para a inovação tecnológica, para pesquisas de cunho e impacto social, para o empreendedorismo econômico e social, para a diversidade étnica, racial e cultural e, principalmente, para a qualificação de mãodeobra, o que é fundamental para uma estratégia de desenvolvimento econômico de longo prazo, com justiça e equidade social.
Ademais, a partir dos anos 2000, a UFSM passou por um projeto de interiorização da sua estrutura a fim de levar seu conhecimento e experiência para outras regiões do Estado do Rio Grande do Sul. Diante desse contexto é que surgem os outros campi da UFSM localizados nas cidades de Palmeira das Missões, Frederico Westphalen e Cachoeira do Sul, que contribuem para impactar mais pessoas e realidades locais com as atividades e rotinas da instituição.
Nos últimos dias, estamos observando várias ações, nas mais várias áreas do conhecimento, com participação ativa da UFSM, visando mitigar e encontrar soluções frente à pandemia do Covid-19, seja nas pesquisas e ações na área de saúde, principalmente devidos aos hercúleos esforços do Hospital Universitário, que se agiganta em prestar um serviço público, gratuito e de qualidade a toda população, o que deveria também ser feito por outros órgãos como o tão prometido, tão idealizado, mas parcialmente em atividade Hospital Regional da cidade de Santa Maria.
Há de se destacar também, diante desse contexto, o trabalho louvável dos Laboratórios de Genética Evolutiva e Microbiologia do Campus de Palmeira das Missões da UFSM, que estão realizando testes para a Covid-19. O trabalho voluntário de servidores e estudantes desses laboratórios da instituição é mais um dos indicativos do papel social e de melhoria da UFSM dentro da sua realidade local.
Além disso, nas áreas econômicas e sociais, a instituição também não se exime, tendo em andamento pesquisas e ações visando mensurar o impacto desta pandemia no setor empresarial, no orçamento das famílias, bem como propondo ações e estratégias em busca de um modelo econômico com ênfase no investimento, na geração de emprego e renda, através do projeto de pesquisa Observatório socioeconômico da Covid-19: uma análise do impacto da pandemia em questões econômicas e sociais por meio de uma perspectiva estadual, regional e nacional, o qual conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (FAPERGS).
Enfim, este indicador só comprova o que vivenciamos diariamente, ou seja, a importância da educação como práxis libertadora do egoísmo, do clientelismo, do populismo, do patrimonialismo, da ignorância, que não se apequena frente a questões menores, tais como as críticas infundadas, irresponsáveis que seguidamente recebe, fruto de uma mentalidade que não admite que esta instituição seja o braço forte do Estado em defesa da soberania nacional e do desenvolvimento econômico e social.
Neste contexto, mais do que nunca, são pertinentes as palavras do saudoso reitor fundador da UFSM, Professor José Mariano da Rocha Filho: “os homens passam, mas as ideias que defendem, se úteis à coletividade, permanecem para sempre”. Tal frase sintetiza a importância da nossa gloriosa UFSM, e é um imperativo categórico defendermos e lutarmos pela sua autonomia e fortalecimento.
(*) Daniel Arruda Coronel é Professor Associado do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: [email protected].
Nelson Guilherme Machado Pinto é Professor Adjunto e Chefe do Departamento de Administração do Campus de Palmeira das Missões da UFSM. E-mail: [email protected]
(**) Disponível em https://www.timeshighereducation.com/rankings/impact/2020/overall#!/page/0/length/-1/sort_by/rank/sort_order/asc/cols/undefined
Nota do Editor: a foto (da entrada do campus de Camobi) é uma reprodução de internet, a partir do Google.
Se olharmos o Times notaremos que a universidade do bairro Camobi que mais contribui para melhorar a condição de vida da população é a UFSM. Pergunta: o que se vê de concreto? Qual o truque? Restringem a amplitude para subir no ranking. Porque se reverter o que foi apresentado na propaganda (não passa disto) o retrato é outro.
Folha de pagamentos só existe se o governo federal tiver dinheiro para pagar. Vide o RS.
O que segue é o discurso vazio e grandiloquente de sempre, com excesso de adjetivos auto elogiosos e falta de fundamentos fáticos. Encheção de linguiça.
Laboratório de genética? Equipamentos e reagentes vêm de onde? É o dono do moinho se vangloriando da farinha, sendo que as maquinas foram compradas e o trigo não foi ele quem plantou.
Depois do Doutor Mariano, era médico, em muitos setores só restou a sub-mediocridade. Esta é a realidade. A mentalidade do servidor publico burocrata se instalou.