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TRABALHO. É melhor se preparar. Não há acordo e vem aí nova greve dos bancários

Fico mesmo impressionado. Não deveria. Afinal, estamos todos curtidos. Mas, que diabo, os bancos obtém os maiores lucros da economia. E não apenas do Brasil, mas de qualquer lugar do planeta. No entanto, a ganância não tem fim. Ao contrário, só aumenta.

Afinal, como explicar que os caras briguem tanto, e obrigam uma categoria como a dos bancários a ter que seguir adiante no seu protesto, inclusive paralisando as atividades e, claro, deminuindo o lucro dos próprios banqueiros?

Pois é o que deverá acontecer já a partir desta terça, como conta o material distribuído pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e região. O texto é de Maiquel Rosauro. A seguir:

Greve nacional dos bancários inicia na terça-feira

Bancários de todo o Brasil entram em greve na próxima terça-feira, 27 de setembro. Em Santa Maria, na segunda-feira, 26, o Sindicato dos Bancários reabre a assembleia suspensa na quinta-feira passada para tratar sobre ações que serão realizadas durante a paralisação. A reunião inicia às 19h, no Clube Santamariense.

– A greve será por tempo indeterminado. Não há nenhuma reunião marcada entre Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) – avisa o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Claudenir Teixeira Freitas.

Na sexta-feira, a Fenaban ofereceu aos bancários reajuste salarial de 8%. A nova proposta é 0,2% superior a apresentada no início da semana passada. Contudo, o reajuste oferecido foi rejeitado pelo Comando Nacional.

Em Santa Maria, os bancários também rejeitam a proposta e se preparam para a greve. O movimento sindical pede reajuste de 12,8%. Veja abaixo as principais reivindicações.

Principais reivindicações

.: Inflação mais 5% de aumento real ( total de 12,8%);

.: PLR de três salários mais R$ 4.500;

.: Piso do Dieese (R$ 2.297,51);

.: Vales Alimentação e Refeição de R$ 545 cada;

.: PCCS para todos os bancários;

.: Auxílio-educação, incluindo graduação e pós;

.: Emprego – Ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT;

.: Cumprimento da jornada de 6 horas;

.: Fim das metas abusivas;

.: Fim do assédio moral e da violência organizacional;

.: Mais segurança nas agências e departamento;

.: Previdência complementar para todos os trabalhadores;

.: Igualdade de oportunidades”

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Um Comentário

  1. Interessante.
    A categoria bancária que está aí marcando greve é a mesma que nos últimos 10 anos tem agido feito cordeirinho com o Governo Federal.
    Quando o governo federal não era do PT, havia passeatas, aparelhos de som com músicas contra o governo, cartazes chamando o governo de privatista e neoliberal, discursos ensandecidos nos microfones, panfletagem, etc…
    Foi só o PT chegar ao Governo federal que os leões viraram gatinhos.
    Nunca mais se viu “lideranças sindicais” discursando no Calçadão, panfletos sumiram, o Governo Federal privatiza hospitais, aeroportos e estradas e o silêncio é sepulcral.
    Nas últimas greves (sim… aconteceram, apesar do silêncio obsequioso do sindicato) até as antigas faixas de protesto aberto foram substituídas por pequenas tiras de pano escritas com um lacônico “Estamos em greve”.
    Lembro que os cartazes de uma greve do ano passado ou retrasado trazia um vampiro dizendo: “O banqueiro está sugando nosso sangue” (ou algo parecido).
    A única coisa que não colocaram é que “o banqueiro” da maioria dos então grevistas é o Governo Federal, do santificado PT de Lula da Silva.
    Sobre Lula e seu PT… silêncio obsequioso.
    Qualquer pessoa mais ou menos informada sabe que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) come na mão da PTlhada, e que seus “líderes” fazem de todas as categorias (principalmente a bancária) o que bem entendem.
    Mandam deitar, rolar, fingir de mortos…
    Foi-se o tempo em que essa gente tinha o respeito da população.
    Como disse com sabedoria habitual o humorista Millor Fernandes “a gente pensava que agiam por ideologia, mas descobrimos agora que faziam era investimento”.
    A maioria dos “líderes” dos bancários está cooptada, com seu silêncio comprado em troca de cargos que – por via profissional – jamais teriam capacidade de conquistar.
    Façam greve e percebam a desimportância que estes anos de cordeirismo causaram à imagem dos bancários.
    Façam greve e depois voltem com o rabo entre as pernas, aceitando índices irrisórios, desconto de dias parados, participação nos lucros com valores maiores para as chefias, além de dar o couro para cumprir as metas acumuladas.
    Como diz o velho ditado: quem muito se abaixa, aparece a b…
    E faz tempo que as categorias ajojadas pela CUT estão com o “derriére” à mostra…

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