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Não aprendem. Quando os partidos partem para a auto-flagelação. E à derrota por antecipação

O jornalista Kennedy Alencar é um dos mais lúcidos profissionais, entre os que atuam na cobertura política. Ao menos, o que já é uma vantagem e tanto, não tem ranços. Pra lá ou pra cá. Dito isto, confira o que ele escreve na coluna “Brasília Online”, na Folha Online, neste domingo. Depois, no final, o meu comentário. Acompanhe:

 

“Crise Serra-Alckmin beneficia Aécio

 

Não é segredo para ninguém que o governador tucano de São Paulo, José Serra, preferia que o PSDB apoiasse a candidatura do prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), à reeleição.

 

Kassab foi vice de Serra em 2004. Quando o tucano deixou a prefeitura para concorrer ao governo paulista, em 2006, o democrata ficou no comando da maior cidade do país com grande número de integrantes do PSDB no secretariado.

 

Candidato derrotado a presidente em 2006, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin tem cacife para concorrer à prefeitura paulistana em outubro próximo.

 

Pesquisa Datafolha feita no mês passado mostrou que Alckmin e Marta são, pela ordem, os nomes mais fortes na disputa paulistana. Ele marcou 29% contra 25% – situação de empate técnico. Kassab obteve 12%. Nas simulações de segundo turno, Alckmin venceria Marta por 52% a 40%. E derrotaria Kassab por 59% a 26%.

 

Apesar das boas chances de Alckmin, Serra deseja um acordo PSDB-DEM em torno de Kassab, o que seria mais conveniente ao seu projeto presidencial. Mas Alckmin, com quem o governador paulista tem relação ruim, deverá ser candidato a prefeito. Até esse ponto, seria uma crise para Serra administrar.

 

Mas as coisas andaram saindo dos trilhos. Alguns tucanos já declararam que votariam em Kassab. Alckmistas ameaçaram pedir punição para dissidentes. A crise no PSDB paulista está se agravando. O que é ótimo para o discurso de conciliação nacional do governador de Minas, o também tucano Aécio Neves.

 

Para Serra, uma vitória de Alckmin seria inconveniente. Ela fortaleceria a eventual candidatura de Aécio. Mas uma derrota de Alckmin poderá se transformar num negócio ainda pior, a depender dos termos em que ela venha a ocorrer…”

 

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: as disputas do PSDB nacional já estão se tornando “case” para quem pretende estudar como uma sigla pode se desintegrar e perder eleições importantes. Lembra 2006? Alckmin literalmente arrombou a porta tucana e virou candidato, mesmo que até as pedras soubessem não ser ele o nome ideal para enfrentar Lula.

 

Qualquer um perderia, já é possível afirmar sem medo das patrulhas. Mas não levaria a sova que o ex-governador paulista colecionou. Fez o impossível: conseguiu fazer menos votos no segundo turno.

 

Já em Santa Maria, alguém duvida da capacidade de auto-flagelação do PDT? E da imensas possibilidades de se enterrar? Pois é. Pois é.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo “Crise Serra-Alckmin beneficia Aécio”, na coluna Brasília Online, de Kennedy Alencar, na Folha Online.

 

 

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