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COVID-19. Como manter filhos ocupados durante a isolamento? Prejuízos e vantagens podem ser notados

Alessandra Bastos tem dois filhos, com um e sete anos, respectivamente. É preciso ficar atento aos sinais que  apresentam na quarentena

Por MILENA DIAS (com fotos de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)

Com o fechamento das escolas por causa da quarentena, a maioria dos pais está tendo mais tempo para ficar com seus filhos. Alessandra Alfaro Bastos é técnica em assuntos educacionais e tem dois filhos, um com apenas um ano de idade e o outro com 7 anos. Para ela, passar mais tempo com os filhos é maravilhoso; a parte difícil é cumprir as mesmas atividades sem as mesmas condições.

A mãe explica que essa parte complicada vem do externo, ou seja, a questão do isolamento social e a continuidade das tarefas para as quais antes havia toda uma rede de apoio. “O ponto positivo é a reinvenção para realizar as tarefas sem sobrecarregar demais ninguém”, relata Alessandra.

Quando começou a quarentena, Alessandra precisou criar uma rotina para seus filhos. “O maior, de 7 anos, como ele já está em idade escolar obrigatória, pelas manhãs fazemos atividades pedagógicas dos diversos campos de conhecimento”. Mesmo com essas dinâmicas, a mãe conta que os filhos não precisam ficar todo o tempo ocupados, pois são nos momentos de ausência de ocupação que a criatividade é potencializada.

De acordo com a psicóloga Karine Velasco, é uma época de se reinventar, pois os pais precisam faze isso com seus trabalhos em home office e ainda cuidar dos filhos, o que não é uma tarefa fácil. “É uma situação nova para todo mundo; a rotina que antes era conhecida por todos, ganha um novo formato numa época completamente atípica”, descreve.

A profissional informa que a criança, dentro da sua época de desenvolvimento, é capaz de entender o que acontece no mundo afora. Em razão disso, é de extrema importância que ela faça parte junto a sua família do que está acontecendo, frente às informações que são cabíveis a ela. “A criança precisa ter espaços para elaborar o que está sentindo, seja suas inseguranças, medos, perda da rotina, ida à escola, vivência com amigos”, clarifica.

Para Karine, cuidar de crianças em tempo integral não é fácil, pois mesmo na função de pais é difícil lidar, brincar e acolher a criança. “Em tempos de isolamento social não há receita de como lidar com os filhos. Algumas alternativas que os pais podem criar poderão dar certo, outras não, e fará parte o sentimento de frustração, tanto dos pais quanto dos filhos”, esclarece.

É preciso ficar atento para que a quarentena não traga prejuízos para as crianças. Segundo a psicóloga, elas podem se sentir mais ansiosas, ter crises de choro, ficarem mais rebeldes, mais entristecidas ou mais agitadas. Isso ocorre porque também vão ficar cansadas de ficar isoladas e vão sentir saudade do que faziam meses atrás.

Os pais precisam prestar atenção a qualquer sinal que esteja latente demais na forma como a criança manifesta, para que a quarentena passe sem deixar dano. “Os pais também podem se autorizar em buscar auxilio com profissionais da área da psicologia, psicopedagogia ou orientação com a escola. Mesmo em meio a uma pandemia com isolamento social é possível criarmos redes de apoio a família”, indica a profissional.

(*) Milena Dias é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site

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