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Lula derrota seus perseguidores – Por Paulo Pimenta

“Produziu-se, nesta terça, vitória maiúscula do Estado Democrático de Direito”

O 23 de março de 2021 será registrado na História como o dia em que o Judiciário brasileiro deu um passo decisivo para se reconciliar com a dignidade do sistema de justiça. Produziu-se, na tarde desta terça-feira, uma vitória maiúscula do Estado Democrático de Direito. Uma vitória da Democracia. Uma vitória contra a interdição dos setores populares na vida política do país.

Caiu por terra diante da firmeza e integridade de um homem que encarna como nenhum outro as classes trabalhadoras do Brasil, a mais ousada e criminosa operação jurídico-política-midiática para desestabilizar o regime democrático ancorado na Constituição de 1988 e interditar a maior liderança popular do país: Luís Inácio Lula da Silva. 

Neste 23 de março de 2021 o Supremo Tribunal Federal reconheceu a suspeição do ex-titular da 13a Vara de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, depois de tê-lo considerado incompetente para conduzir o processo e julgar o ex-presidente, no último dia 8 de março.   

Moro e seus cúmplices, os procuradores da finada operação lava-jato de Curitiba, corromperam o sistema judiciário brasileiro como o objetivo de condenar Lula, ainda que sem provas e, assim, impedi-lo de concorrer às eleições de 2018.

A sociedade brasileira deve comemorar a vitória da Democracia expressa na decisão do Supremo, mas não pode acomodar-se com ela. É necessário entender que as condições institucionais que geraram a lava-jato permanecem intactas. Seguem operando dentro da estrutura do Estado brasileiro.

A contaminação do sistema judiciário pelos métodos do estado policial utilizados pela operação lava-jato, a utilização do lawfare até a última comarca do Brasil deve ser detida como condição para assegurar a credibilidade do sistema de justiça.

O ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores de Curitiba devem ser levados aos tribunais para que respondam criminalmente pelos atentados cometidos contra o devido processo legal, contra o Estado Democrático de Direito pactuado na Constituição de 1988.

Nesse 23 de março, quando milhares de famílias brasileiras choraram mais 3.251 mortos pela covid-19, é preciso registrar que o país abre caminho para se reencontrar com seu povo e buscar soluções democráticas para a tragédia a que nos levou o governo de extrema-direita.

(*) Paulo Pimenta é jornalista e deputado federal, presidente estadual do PT/RS e escreve no site às quartas-feiras.

Observação do editor: A imagem que ilustra este artigo (extraída do site do STF: AQUI) é um conjunto de fotos com os integrantes da segunda turma do Supremo Tribunal Federal, que julgou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro.

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