MÍDIA. Como se comportam os grandes jornais e grupos do País? Ceifam salários, empregos e jornada
Do portal Poder360, com texto de WEUDSON RIBEIRO, imagens de reprodução e Acréscimo Claudemiriano
Funcionários da Folha de S.Paulo concordaram, na 3ª feira (12.mai.2020), com a redução de 25% do salário e da jornada de trabalho. A diminuição, que valerá por 3 meses a partir de junho, afeta repórteres, fotógrafos e editores em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Em sua proposta, a Folha promete auxílio alimentação de R$ 150 por mês, além de reembolso de gastos extras com o trabalho remoto; estabilidade de emprego por até 1 ano – profissionais demitidos nesse período terão direito a indenização de 70% sobre os ordenados restantes; e manutenção do plano de saúde até 31 de dezembro, mesmo em caso de demissão. Procurado, o jornal afirmou que a redução não atinge funcionários do portal de internet UOL, que também integra o Grupo Folha.
A Folha, jornal de maior influência no país e que completa 100 anos em 2021, foi a última grande publicação a anunciar esse tipo de acordo com seus profissionais. Outros grandes veículos da mídia jornalística já haviam adotados medidas de cortes de gastos por causa dos efeitos da pandemia de coronavírus.
A direção do jornal Correio Braziliense, que pertence ao Grupo Diários Associados, decidiu também na 3ª feira (12.mai) cortar 25% do salário de parte dos jornalistas, diagramadores, designers, fotógrafos e funcionários do setor administrativo. Segundo apurou o Poder360, as reduções não afetarão os contracheques dos repórteres que atuam diretamente nas coberturas de economia, política nacional e no jornalismo local.
Por causa da medida, os profissionais do Correio Braziliense fizeram uma assembleia virtual e decidiram paralisar as atividades: alegam que os salários de abril ainda não foram quitados integralmente e pedem melhores condições de trabalho. Os funcionários do jornal realizarão nova assembleia nesta 4ª feira (13.mai). A empresa não havia se manifestado publicamente sobre os cortes quando este texto foi concluído.
Pelo menos 15 outras empresas de jornalismo decidiram cortar salários e jornadas de trabalho durante a pandemia. Também houve casos de demissões. Leia infográfico preparado pelo Poder360 sobre assunto:
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ACRÉSCIMO CLAUDEMIRIANO: há informações não confirmadas de que também em Santa Maria houve cortes nos veículos tradicionais, jornal e emissoras de rádio e TV. Num caso, por exemplo, em que teriam sido demitidos quatro profissionais (nem todos jornalistas), não haveria relação direta com a pandemia. No entanto… (o espaço de comentários está disponível para quem tiver informações precisas e confirmadas sobre a situação em Santa Maria).
Pandemia precipitou mudanças. Parte será revertido, daqui uns 5 anos estará normal. Jornalismo vai mudar porque o dinheiro da publicidade vai migrar cada vez mais para a rede para a rede.
Cristiane Amampour noutro dia entrevistou a primeira ministra da Islândia. Isolamento social nestes países no inverno é o que fazem todo ano, básico. Entrevistadora aproveitou para afirmar que o degelo do solo causado pelo aquecimento global poderia despertar novos vírus e causar novas pandemias. Ou seja, utilizou a posição para fazer propaganda de uma causa que acredita. Pergunta: como se distingue a propaganda da informação séria? Melhor procurar informação noutro lugar.