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POLÍTICA. Em entrevista à BBC, FHC solta o verbo: Jair Bolsonaro ‘dá cambalhota e ele mesmo escorrega’

FHC critica polarização do debate sobre papel do Estado na economia, especialmente em situações de crise como a atual. ‘Quando chega na hora da onça beber água, como agora, todo mundo vira intervencionista. Todo mundo pede apoio de quem? Do governo. Banco Central’

Da BBC News Brasil, entrevista a LIGIA GUIMARÃES, com foto de Reprodução

Enfrentando os efeitos de uma pandemia que já deixou mais de 10 mil mortos no país, o Brasil assiste, sem comando, a uma série de desentendimentos políticos sem sentido que tiram o foco da tarefa de salvar vidas, na visão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para o sociólogo de 89 anos, o presidente Jair Bolsonaro tem se distraído das prioridades lutando contra armadilhas criadas por ele mesmo, em um momento em que a oposição não o ameaça.

“O desentendimento político já vinha de antes, mas agora fica sem sentido: briga sem parar, o presidente dá cambalhota e ele mesmo escorrega. É bastante patético o que nós estamos vivendo”, afirma FHC, que vive o isolamento social em seu apartamento em São Paulo, onde divide os dias entre a escrita e a convivência com a mulher, Patrícia, e a cachorrinha que vive com o casal.

“Eu estive lá [na Presidência] eu sei que é difícil. Eu não gosto de falar levianamente sobre essas questões porque sei que são difíceis. Mas quando o presidente perde o rumo, o país todo fica atônito”.

A falta de uma figura que fale à população com clareza e liderança em um momento de sofrimento, diz o ex-presidente, torna a crise ainda mais delicada. A decisão de trocar ministros, como o da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, [“evidentemente o novo ministro tem que se informar”] e o da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, gera ainda mais turbulência e torna o governo mais fraco, na análise do ex-presidente.

“Nessas horas de dificuldade, quem está no governo precisa falar com o povo. Eu me lembro de uma crise no meu governo, naquele tempo era crise de energia elétrica, o apagão. Quando eu soube levei um susto, mas eu chamei todo mundo: oposição, governo, e falava, falava, explicava. Pedia apoio”, afirma, referindo-se à crise energética que, em 2001, interrompeu o fornecimento de energia em diversas regiões do país e exigiu medidas de racionamento.

O anúncio do fim das medidas foi feito pelo ex-presidente em pronunciamento em cadeia nacional, exaltando o papel do povo em reduzir o consumo de energia.

“Aqui neste momento é preciso de um toque de coração, de humanidade. Porque as pessoas estão sofrendo, né?”, diz FHC sobre a crise atual.

Para o ex-presidente, o caminho escolhido por Bolsonaro de contrariar recomendações internacionais e tornar-se cada vez mais isolado vai justamente na contramão do que o país precisa e precisará para sair da enorme crise, que exigirá endividamento público e apoio para socorrer grande parte da população…”

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2 Comentários

  1. O neoliberal Efeagá que comprou votos dareeleição e deixou o funcionalismo 8 anos ‘sem ser valorizado’ para caçar clicks serve. KuaKuaKua!

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