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COLUNA. José Mauro Batista e a ‘maldição dos vices’; de Farret a Pozzobom, com dois prefeitos no intervalo

Pozzobom e Cechin e as juras de amor político recíproco, pouco antes do início da campanha eleitoral de 2016. Quatro anos depois…

A maldição dos vices (e outras notas)!

Por JOSÉ MAURO BATISTA (*)

Uma espécie de praga antiga acompanha os governantes, de presidentes da República a prefeitos. Para ficar na História recente do Brasil, há os casos dos vice-presidentes Itamar Franco (vice de Fernando Collor) e Michel Temer (vice de Dilma Rousseff), que assumiram a presidência após afastamento definitivo dos titulares. Itamar e Temer romperam com os presidentes e incentivaram os processos de impeachment. E no Estado, quem já esqueceu das peleias da governadora Yeda Crusius e o vice, Paulo Feijó?

De Brasília e de Porto Alegre para Santa Maria, a comuna de Boca do Monte coleciona episódios pitorescos que confirmam a “maldição dos vices”. Para ficar na História mais recente, na sua primeira gestão, de 1983 a 1988, José Haidar Farret nunca tirou férias para o vice, Erony Paniz, não assumir. Esse “rompimento” veio a público, mas motivos e desfechos internos ficaram mesmo nos bastidores. Evandro Behr e Luiz Carlos Druzian (1989-1992) também tiveram um quiprocuó envolvendo a indicação de um cargo federal mas não chegaram a romper e terminaram o governo em paz.

A briga mais feia, no entanto, ocorreu entre Osvaldo Nascimento e Marineu Ziani, na segunda gestão osvaldista (1997-2000). Prefeito e vice romperam logo no início do governo e Osvaldo expulsou Marineu da prefeitura. Marineu infernizou a vida de Osvaldo até o fim do governo.

A paz se restabeleceu nas administrações de Valdeci Oliveira e de Cezar Schirmer. No primeiro mandato (2001 a 2004), Valdeci governou sem vice porque o titular, Paulo Pimenta, renunciou para ser deputado estadual. No segundo, o vice foi Werner Rempel e não houve brigas entre os dois. Nas gestões de Cezar Schirmer (2009-2012 e 2013 a 2016), o vice foi José Farret e também não há registros de atritos entre eles. Pelo contrário, Farret gozou de prestígio e encerrou o último mandato.

Na atual gestão, sempre correu nos bastidores que os abraços e afagos em público entre Jorge Pozzobom e Sérgio Cechin não traduziam verdadeiramente as relações entre os dois. Até que, em abril último, após lançamento da pré-candidatura de Cechin à prefeitura, o clima esquentou. Pozzobom fez uma limpa nos cargos de confiança do Progressistas, partido de Cechin. Ainda em abril, o vice foi barrado em ato no Hospital Regional. A versão da prefeitura e é que o ato foi organizado pelo governo estadual. Foi o fim da aliança PSDB-PP por aqui.

Diante dessa “maldição dos vices” quem garante que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o vice Hamilton Mourão (PRTB) não terão discórdias públicas?

Caindo a máscara

As disputas político-ideológicas envolvendo a pandemia desmascararam muita gente, que, nas redes sociais, apresenta um lado obscuro até então desconhecido. Leia-se “simpatia a teses antidemocráticas”.

PT e PMDB juntos

Você sabia que PT e PMDB já se coligaram para disputar a prefeitura de Santa Maria? Foi na década de 1990. Numa próxima coluna contarei essa história.

Primeiras pesquisas

Tendências de intenção de voto para a prefeitura de Santa Maria começaram a ser publicadas no pleito de 1998, quando também surgiram as primeiras peças publicitárias feitas por agências de propaganda. Trarei detalhes desses temas.

Das redes para as ruas

Democracia corre sérios riscos se manifestações de rua resultarem em confrontos. Prudência nunca é demais.

Imprensa livre

A liberdade de imprensa é um dos pilares de uma democracia. Por isso, as afrontas bolsonaristas a profissionais têm que ser repudiadas e punidas. Em Santa Maria, houve tentativa de intimidação de dois colegas em ato realizado em abril.

(*) José Mauro Batista é jornalista. Até recentemente, editor de Região do Diário de Santa Maria. Antes foi repórter e editor do jornal A Razão. Escreve no site semanalmente, aos domingos.

Observação do Editor: a imagem (de Divulgação) é do arquivo do site e datada de junho de 2016, pouco antes de oficializada a dobradinha Pozzobom/Cechin, nas convenções partidárias.

 

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2 Comentários

  1. Antidemocrático é tirar as liberdades individuais das pessoas, como o direito de ir e vir, de trabalhar, de gerar riqueza e seguir modelos da ditadura comunista chinesa.
    A imprensa nunca falou nada sobre o Foro de São Paulo e vive só atacando o Bolsonaro e seus eleitores, até quando o post é sobre alguma eleição municipal. Daí reclamam de “ataques”, na verdade vocês da mídia do partido comunista chinês são é tratados muito melhor do que merecem. Se a população não fosse tão pacífica, teria um Adelio para cada jornalista, mas isto é com os blackblocos e com a polícia chinesa

  2. Ansiosa pela listagem local dos(as) candidatos(as) a vereador(a) de “inspiração” nazi/fachi, pela moral, pelos bons costumes e pelo Capetão!

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