Dia do Trabalhador 2025 – por Elen Biguelini
Considerações sobre uma data fundamental para o ser humano
Nesta passada quarta feira foram celebrados os trabalhadores deste país. Em todas as escalas, profissões e atividades, a comemoração era daqueles que fazem a Indústria girar, não daqueles que dizem o caminho. O primeiro de maio é um dia histórico de luta, uma tentativa de mostrar a necessidade da melhoria em leis trabalhistas e da relação entre chefes e funcionários.
É dia de manifestações e greves, mas também de churrasquinho na rua. Dia de acordar mais tarde e almoçar com a família, mas também dia de pedir por direitos.
É um dia celebrado ao longo do mundo, pois foi criado para relembrar as lutas de trabalhadores que nos precederam.
É dia de agradecer àqueles que se expuseram pedindo por melhores condições e salários para que possamos ter direitos hoje. No Brasil, começou a ser celebrado em 1924, pouco após a revolução industrial, na qual crianças eram usadas para limpar maquinas de materiais insalubres durante jornadas intensas.
Foi um período duro da história do mundo, mas do qual surgiram modernidades que trouxeram avanço e prosperidade. E parte deste avanço é justamente a visão de que o trabalhador também deve ser admirado. Ele tem lugar na sociedade, e deve ser respeitado. Deve ter acesso as comodidades da vida. Deve ter recreio e alegria.
Os avanços ainda estão andando, passo a passo. Logo, talvez teremos uma escala de trabalho menos intensa. As maquinas surgem para auxiliar o dia-a-dia tanto das fabricas quanto dos escritórios. Cabe a nós usá-las de forma a melhorar a vida de quem trabalha.
Esperamos que todos tenham tido um bom feriado, mas acima de tudo, que ele leve a uma reflexão sobre os direitos e leis trabalhistas e como podemos avançar ainda mais para uma sociedade que valoriza o trabalhador.
(*) Elen Biguelini é doutora em História (Universidade de Coimbra, 2017) e Mestre em Estudos Feministas (Universidade de Coimbra, 2012), tendo como foco a pesquisa na história das mulheres e da autoria feminina durante o século XIX. Ela escreve semanalmente aos domingos, no Site.
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