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Coluna Observatório: “Greve de risco”

Um dos principais líderes do sindicato dos docentes da UFSM falou a este jornalista, não faz duas semanas, que uma greve na instituição teria que contar, para ter consistência, com pelo menos 200 professores engajados no movimento. Menos que isso, seria muuuito difícil a adesão maciça do restante do professorado.

Como se sabe, foram 128 os que aprovaram a paralisação a partir desta segunda-feira. E 137, pouco mais de 10% do total, os que participaram da assembléia.

Não se trata, aqui, de vaticinar o insucesso do movimento que, de resto, é nacional. Mas, não há por que não duvidar do sucesso. A base para o raciocínio é a manifestação dessa liderança. Mas, a título de curiosidade, pode-se acrescentar duas conversas que o colunista teve no início da noite de quinta-feira, logo após a reunião decisiva no Campus.

1)Num Café da cidade, dois docentes que não participaram da Assembléia (o que não quer dizer que não vão parar), confrontados com uma observação acerca de um possível fracasso da greve, disseram, textualmente: “não seria o primeiro”. Ora, isso denota um claro conformismo com o que pode acontecer. E não ajuda o movimento. Aliás, pelo menos um deles já foi importante líder do Sedufsm.

2)Coincidentemente, num Café também, a 100 metros do primeiro, o papo rápido foi com um docente que esteve na assembléia e votou pela greve. Igualmente confrontado com a dúvida acerca do êxito da paralisação, afirmou que, no curso dele (da área da saúde), a maioria dos docentes, mesmo não indo à Assembléia, já haviam manifestado o interesse em participar.

Olha. Se o sucesso é improvável – e intramuros a maioria tem esse entendimento – não é possível apostar a priori no fracasso. Mas, não há dúvida: trata-se de uma greve no mínimo temerária. Pode se transformar numa estrondosa retomada do movimento sindical universitário. Ou a derrocada mais profunda. Daí o risco.

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