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Oposição. Estilo e estratégia para 2010 – o que está levando DEM e PSDB a separar os trapos

O jornalista Fernando Rodrigues, em sua página na internet é que primeiro usou a expressão. E a repito aqui: a “separação de corpos quase irreversível” é o status quo vivido hoje pelos até agora casados PSDB e DEM. Os partidos que, unidos, tentaram derrotar Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. E que, embora o candidato a vice (Rita Camata, lembra?) fosse do PMDB, também estiveram juntos em 2002. E se uniram em vários pontos importantes do Brasil.

 

O fato é que, não obstante alianças pontuais, como a que pode ocorrer em Santa Maria no próximo ano por exemplo, tucanos e demistas estão mesmo é em pé de guerra. Nem precisa ir tão longe: no Governo do Estado, os pratos estão pra lá de quebrados, com Yeda Crusius de um lado e Paulo Feijó (sim, ele é um DEM) do outro.

 

Mas, afora essas desavenças gaúchas, e quem sabe num ou noutro lugar, que tem muito mais a ver com discordâncias de método ou até pessoal, o que estaria de fato “pegando” nessa animosidade crescente entre PSDB e o ex-PFL? Basicamente duas razões, pensa este (nem sempre) humilde jornalista.

 

Uma é o estilo. De um lado, os tucanos querendo preservar a governabilidade em suas respectivas aldeias, a começar (e terminar, talvez) por São Paulo e Minas Gerais. Sim, eles dependem, no mínimo, de uma relação saudável com o Governo Federal, leia-se com Lula. De outro os demistas com táticas de guerrilha política, não raro resvalando para o revanchismo e o extremismo direitista puro.  O que não se configura, longe disso, uma prática tradicional do PSDB que, afinal, tem a mesma gênese do PT – ainda que isso soe como ofensa para alguns petistas e outros tucanos.

 

E a outra razão de fundo é exatamente o pleito de 2010. Há poucas dúvidas, hoje, para os tucanos, em torno do caminho a ser percorrido. E ele não contempla o DEM. Que só foi útil em determinado momento para trazer o voto conservador. Não é mais.  E o próprio DEM estaria pensando, também, em mudar de ares, buscando parceiros mais de acordo com o seu próprio ponto de vista.

 

É o que penso. Está certo? Não sei. Mas logo, logo será possível perceber o quanto estão separados o tucanato e o demismo. Talvez em 2008. Ou mesmo antes, nas CPIs do Apagão. Aguarde.

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