SOLUÇÕES. Como os candidatos a prefeito pretendem aumentar a quantidade de leitos?
Santa Maria não conta com UTI Covid-Pediátrica e UTI-Coronariana
Por Maiquel Rosauro
O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), disponível no sistema DataSUS, indica que, em maio de 2020, Santa Maria possuía 134 leitos complementares, o dobro da média de municípios do mesmo porte populacional (de 100 mil até 300 mil habitantes). Porém, há algumas deficiências.
Como explicar que o município marcado eternamente pelo incêndio da Boate Kiss não possui, até hoje, uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Queimados?
Santa Maria também conta, segundo dados do CNES, com leitos de UTI Covid-Pediátrica, UTI – Coronariana, Unidade de Isolamento, UCI – Pediátrica e UCI Adulto.
O Site encaminhou os dados pesquisados aos seis candidatos a prefeito de Santa Maria e perguntou como eles pretendem trabalhar para aumentar a quantidade de leitos complementares. Quatro responderam.
As soluções apresentadas pelos prefeituráveis você confere abaixo, na íntegra, em ordem alfabética:
Jorge Pozzobom (PSDB): Importante pontuar que o nosso município é responsável pela gestão plena da Atenção Básica, e, assim, toda a pactuação de leitos hospitalares fica a cargo da Secretaria Estadual de Saúde. No entanto, cabe a nós dialogarmos e ocuparmos os espaços de pactuação interfederativa existentes, tais como a CIR (Comissão Intergestora Regional – municípios da região de Verdes Campos), a CIB (Comissão Intergestora Bipartite – estadual), o COSEMSRS (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado) e a CIT (Comissão Intergestora Tripartite – federal), para que possamos tencionar e buscar referências para a nossa cidade. Além dessa articulação, queremos aderir, gradualmente, à gestão plena do sistema, fato esse que levaria o município a fazer todas essas negociações diretamente com os prestadores desse serviço.
Luciano Guerra (PT): É inaceitável que, em plena pandemia, o Hospital Regional siga funcionando com número reduzido de leitos. Vamos vencer a eleição e fazer uma ampla mobilização regional para exigir do Estado a abertura integral do complexo 100% pelo SUS, o que deveria ter ocorrido em 2016, quando a estrutura ficou pronta. O prefeito de Santa Maria tem que ser um grande articulador pela abertura de leitos no Regional, no HUSM (Central de UTIs está quase pronta) e na Casa de Saúde, cobrando isso do Estado e da União, que têm a responsabilidade na questão hospitalar. É fundamental a manutenção do Fundo Emergencial de R$ 35 BI da saúde, que foi retirado da proposta orçamentária federal de 2021, e que seja revogada a Emenda 95, que tira recursos gigantescos da saúde, o que afeta diretamente a abertura de leitos pelo SUS.
Marcelo Bisogno (PDT): Nossa proposta completa e real busca gestão plena em saúde, não de uma hora para outra, mas acontecendo por etapas de forma coerente, para chegarmos em nosso objetivo. Basicamente todos estes serviços que estão sendo citados aqui neste questionamento são regulados pelo Estado e não pela cidade de Santa Maria. O intuito é terminar com o enviou de pacientes para outros municípios, como acabam hoje nossos pacientes do Serviço Único de Saúde -SUS de Santa Maria sendo levados, especialmente para municípios menores que o nosso. Queremos implantar uma relação direta com o governo federal, com o SUS de Brasília para que Santa Maria possa gerenciar sua saúde e assim abrir o Hospital Regional por completo.
Sergio Cechin (PP): Certamente temos deficiência de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), lembrando que isso é responsabilidade do Estado. Temos projetos para ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Casa de Saúde. Ampliar, também, os leitos de UTI no Hospital Regional. Queremos aumentar os leitos a partir da Gestão Plena de Saúde, podendo, assim, fazer contratos com outros hospitais, além de estabelecer planos com outras instituições para auxiliar o Município quando faltar leitos. Quanto a falta de leitos de UTI Queimados e Covid Pediátrico, por exemplo, são situações bem específicas, em que é mais vantajoso comprar leitos do que manter uma estrutura permanente, já que se tem menos casos.
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