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SOLUÇÕES. Quais os planos dos candidatos a prefeito para implantar a coleta seletiva na cidade

Cinco dos seis prefeituráveis indicam como pretendem resolver o problema

Por Maiquel Rosauro

A edição mais recente do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos, publicado pela Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (reuniu dados ao longo de 2019, tendo 2018 como ano de referência) indica que Santa Maria possui uma taxa de coleta de resíduos sólidos de 99,39%, considerando a população total, e de 100% considerando a população urbana. Porém, a taxa de coleta seletiva da população urbana é de 0%.

Como desenvolver a coleta seletiva de resíduos sólidos em Santa Maria? Cinco dos seis candidatos a prefeito responderam ao questionamento encaminhado pelo Site. Confira em ordem alfabética:

Jader Maretoli (Republicanos): Sobre sustentabilidade, em especial para a coleta e destinação dos resíduos, os dados indicam de maneira clara que os últimos prefeitos de Santa  Maria não estiveram atentos para esta demanda que cresce exponencialmente a cada ano. Podemos afirmar que neste quesito, a diferença entre matéria prima e lixo, é a postura dos prefeitos na gestão dos resíduos. A coleta seletiva, a separação e destinação dos resíduos, estão previstos como importares ações do nosso governo. Para começar entendemos como necessário fazer uma profunda análise nos contratos existentes do sistema de coleta e do aterro sanitário, onde restam muitas dúvidas. Nesta área, como soluções, além de adequar a coleta seletiva, propomos a criação dos ecopontos, a organização de galpões e o estímulo para as cooperativas de reciclagem.

Jorge Pozzobom (PSDB): Com a instalação de 50 contêineres laranjas em pontos específicos da cidade, em 2019, foi dado início ao processo de coleta seletiva, estimulando a população a separar os resíduos sólidos. Para que o processo avance, trabalhamos para fortalecer, regularizar e potencializar os locais que servirão de base de recebimento dos materiais pré-separados, para que passem por triagem e sejam encaminhados à indústria da reciclagem. Ainda, em 2020, Santa Maria, juntamente com outros municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal da Região Centro, foi habilitada em um Projeto de Estudos de Resíduos Sólidos, que deverá alavancar a cidade e a região no cumprimento da Política Nacional de Resíduos quanto à separação, à destinação e ao apoio às instituições que trabalham com reciclagem e fomento à indústria local.

Luciano Guerra (PT): A coleta seletiva é uma obrigação legal dos municípios desde 2010, quando foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Santa Maria está bastante atrasada nesse processo. Nós vamos fortalecer as associações de catadores e a formação de cooperativas para coleta, transformação e comercialização dos resíduos e buscaremos fontes de financiamentos (como o Fundo do Meio Ambiente – CONDEMA – e o Fundo Pró-Saneamento – CORSAN) para capacitação e compra de equipamentos a associações/cooperativas. Vamos atuar em parceria com associações e universidades para viabilizar ainda a integração entre geradores, coletores e transformadores de resíduos, com ganhos efetivos aos envolvidos. Outro objetivo é envolver a sociedade, com informação e educação, no tratamento dos resíduos sólidos (domiciliares/empresariais).

Marcelo Bisogno (PDT): A coleta seletiva deve ser trabalhada numa visão ambiental muito mais ampla do que tem sido até hoje. E, para que isso aconteça, nós vamos discutir, organizar, fazer um bom recolhimento, transportar o material, processos que hoje são deficitários. Alguns bairros têm contêineres, outros não. Na Tancredo Neves mandaram tirar as lixeiras e não colocaram contêineres. Vamos levar a coleta seletiva para todos os bairros. Organizar os catadores, dialogar. Fazer um trabalho mais coletivo e cooperativo. Não temos nenhuma educação seletiva do lixo. Vamos dialogar, fazer campanhas para que o lixo já saia de casa organizado conforme as legislações. Trabalhar essa questão nas escolas. Hoje o lixo doméstico é todo misturado. Não existe respeito. Não existe questão cultural. E nós vamos discutir isso com a população.

Sergio Cechin (PP): A implantação da coleta seletiva é um ponto fundamental a ser tratado. Ela reduz o custo dos resíduos destinados ao aterro sanitário. Vamos trabalhar como prioridade no próximo edital de coleta, viabilizando e ampliando a implantação dos contêineres laranjas nas áreas centrais e estendendo a coleta seletiva também aos bairros. Fomentar a correta destinação e a aplicação da política nacional de resíduos é outro ponto fundamental. Pretendemos realizar eventos de conscientização, como a virada ambiental, para viabilizar o correto descarte para quem não tem possibilidade de destinar corretamente e também ações de educação ambiental.

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