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MEIO AMBIENTE. Chuvas acima da média: o que esperar do clima durante o mês de outubro no RS

Chuvas mais elevadas no norte do Estado e a possibilidade de novos ciclones

Mês de outubro permanece com previsões de chuva acima da média histórica no Rio Grande do Sul (Foto Reprodução/RBS TV)

Reproduzido do G1, o portal de notícias das Organizações Globo

Após registrar o mês mais chuvoso da história dos registros climatológicos no estado, o Rio Grande do Sul deve estar preparado para um novo mês de precipitações acima da média. Ainda sob influência do fenômeno El Niño, o estado deve estar preparado para temperaturas próximas da média histórica – uma tendência que não acontecerá no restante do país, com calor acima da média – e meteorologistas não descartam a formação de novos ciclones.

Durante o mês iniciado no domingo (1º), todo o Sul do Brasil terá precipitações acima da média provocadas devido ao calor, à passagem de frentes frias pela região e também à influência de áreas de baixa pressão atmosférica, segundo a Climatempo Meteorologia. Esses quadros poderão provocar a formação de novos ciclones extratropicais, assim como nos meses de junho para cá.

Como serão as chuvas?

A previsão da Climatempo é de que os volumes de chuva sejam acima da média histórica em todo o Rio Grande do Sul durante todo o mês de outubro. Contudo, essa previsão é diferente de acordo com as regiões do estado. No Norte, no Noroeste, na Fronteira Oeste e em pontos da Serra e da Região Central do RS, o volume das precipitações será bem acima da média histórica; nas demais regiões, embora acima da média, os acumulados não serão tão volumosos.

Na Capital, a chuva também deve estar acima da média histórica mensal, de 153 milímetros nas últimas três décadas, com cerca de 50 milímetros a mais no acumulado previsto para outubro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Como característica da primavera nos estados do Sul do país, eventuais temporais com fortes rajadas de vento e queda de granizo poderão acontecer durante o período.

Como serão as temperaturas?

Segundo a Climatempo, o El Niño só deve diminuir sua influência sobre o planeta somente no outono de 2024. O fenômeno se trata do aquecimento acima do normal das águas no Oceano Pacífico à altura da costa peruana. Essa elevação das temperaturas causa alterações na circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera e também nos padrões de pressão atmosférica sobre a América do Sul. Essas mudanças alteram a forma e a quantidade de chuva que cai também sobre o Brasil.

O El Niño altera a trajetória normal das frentes frias que saem da Antártica e avançam sobre a América do Sul. A maioria das frentes frias passam pelo Rio Grande do Sul, mas são desviadas para alto-mar e não conseguem chegar ao Sudeste ou ao Centro-Oeste. São as frentes frias que trazem o ar frio de origem polar, que se mistura com o ar que predomina sobre o Brasil, baixando a temperatura.

A presença do El Niño facilita o surgimento de áreas de alta pressão atmosférica sobre o Brasil, que, se forem muito fortes, causam bloqueios atmosféricos. Esses bloqueios afastam as frentes frias, deixando o ar seco e parado numa grande área por vários dias consecutivos, podendo, então, gerar uma “onda de calor”. Recentemente, em meados de setembro, um desses bloqueios ocorreu na divisa com Santa Catarina, impedindo que frentes frias alcançassem os outros estados brasileiros e provocando temperaturas acima da média em boa parte do território nacional.

Assim, a expectativa é de que as temperaturas estejam acima das médias históricas no território nacional (ver imagem abaixo). Contudo, apesar do natural aumento das temperaturas com relação a setembro, a tendência, segundo levantamento do Inmet, é que a maior parte do território gaúcho tenha temperaturas próximas das médias históricas, à exceção de pontos do Noroeste e do Litoral.

Tendência é de que a maior parte do Brasil tenha temperaturas acima da média histórica em outubro; RS seria exceção (Foto Inmet)

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