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KISS. Um dos réus fala, mas apenas até certo ponto. Agora, vêm os depoimentos serão dos sócios da boate

Assistente da Gurizada Fandangueira foi o segundo réu a falar, na última fase da instrução
Assistente da Gurizada Fandangueira foi o segundo réu a falar, na última fase da instrução

Na terça-feira, Marcelo de Jesus dos Santos falou. E muito. Nesta quarta, Luciano Bonilha Leão ficou na defensiva. Fez sua manifestação, relembrou os fatos, na sua ótica, da madrugada de 27 de janeiro de 2013, inclusive se colocando como uma das vítimas e afirmando ter pensado em suicídio, em determinados momentos do período decorrido desde então.
Isso, e mais algumas informações consideradas relevantes foram ditas a partir de perguntas do juiz condutor do processo criminal, Ulysses Fonseca Louzada. E parou por aí. Não quis responder a questões a ser feitas pela Promotoria e Assistência de Acusação e o depoimento terminou.  Agora, restam dois. Serão na semana que vem, um deles aqui, outro na capital, dos proprietários  da casa noturna: Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann.

Todos os detalhes, inclusive o que vem por aí, estão em material originalmente produzido pelo jornal A Razão. A reportagem (este e outros textos – confira os linques lá embaixo) é de Tiago Baltz, Fabrício Minussi e Raul Pujol, com fotos de Gabriel Haesbaert. Acompanhe:

Luciano Bonilha Leão relembra, na sua ótica, os acontecimentos de 27 de janeiro de 2013
Luciano Bonilha Leão relembra, na sua ótica, os acontecimentos de 27 de janeiro de 2013

Bonilha recusa responder perguntas da acusação e depoimento é encerrado

Com a presença do ex-vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus, e sem a presença dos donos da Boate Kiss, Mauro Hoffmann, o Maurinho, e Elisandro Spohr, o Kiko, iniciou, pontualmente, às 13h45, o depoimento de Luciano Bonilha Leão, que é um dos quatro réus no processo criminal da tragédia de 27 de janeiro de 2013, que matou 242 pessoas e deixou mais de 630 feridos em Santa Maria. A oitiva ocorreu no Salão do Tribunal do Júri de Santa Maria. O primeiro a ser ouvido, ontem (terça), foi Marcelo de Jesus.

Em depoimento que durou duas horas Bonilha disse que estava bastante nervoso. Imediatamente, começou a relembrar os fatos que ocorreram na madrugada de 27 de janeiro. “Eu também sou uma das vítimas. Fui arrastado lá de dentro da boate e ajudei a tirar pessoas. “, afirmou o réu, que revelou ter pensado em se matar várias vezes após a tragédia.

“Foi o Danilo (integrante da banda e uma das vítimas da tragédia) quem me ensinou a usar o fogo de artifício”, disse Bonilha, em outro questionamento feito pelo juiz Lousada. O assistente da banda foi quem alcançou o Sputnik, que foi manuseado por Marcelo de Jesus e que deu início ao incêndio na boate. Bonilha também afirmou que era Danilo quem mandava comprar o artefato, que era acionado por ele através de controle remoto.

Logo após os questionamentos feitos pelo juiz (Ulysses Fonseca) Lousada, Bonilha disse que não responderia as perguntas feitas pela promotoriia e assistência de acusação.

Imediatamente foi aberto um recesso.

No retorno dos trabalhos, o advogado de Marcelo de Jesus, Omar Obregon, tentou mostrar um vídeo com imagens do momento do incêndio para que o depoente respondesse a mais perguntas.

O juiz Lousada não permitiu a intenção do advoga e declarou encerrada a audiência.

Nos dias 2 e 3 de dezembro, devem falar os ex-sócios da boate: Elissandro Spohr, o Kiko, será ouvido em Santa Maria, e Mauro Hoffmann, prestará depoimento no Fórum de Porto Alegre. Após os depoimentos dos réus, o juiz receberá alegações finais dos defensores e acusações. Depois decidirá se os acusados irão a Júri Popular.

Os quatro réus são acusados por homicidio com dolo eventual – quando a pessoa assume o risco de matar -, qualificado (por asfixia, incêndio e motivo torpe) pelas mortes e pela tentativa de homicidio. Os reús – que foram presos no final de janeiro e início de março de 2013 – foram libertados no dia 23 de maio do mesmo ano.

O processo se encontra na fase final de instrução. Foram ouvidas mais de 180 pessoas, entre sobreviventes, testemunhas e peritos. Após os depoimentos dos réus, o juiz receberá as alegações finais das defesas e acusações e irá decidir se os quatro acusados irão a Júri popular.”

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