
Por Maiquel Rosauro
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou um posicionamento (AQUI), nesta quinta-feira (4), que vai contra o Manifesto pelo Tratamento Precoce (AQUI), tornado público por um grupo de centenas de médicos de Santa Maria. No comunicado, o órgão diz que distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos, proteção de olhos e mucosas, bem como o cuidado com os grupos vulneráveis são, até o momento, os meios reconhecidamente eficazes para prevenir a transmissão e o aparecimento de novos casos de covid-19.
“Para o CFM, observar essas regras protege a sua vida, de sua família e daqueles que você ama”, diz trecho da nota.
O órgão também chama atenção para a necessidade de adoção de medidas restritivas de caráter local, o que pode reduzir, momentaneamente, a pressão da demanda sobre o sistema de saúde.
“Por outro lado, podem também gerar consequências graves e de efeito duradouro para a sociedade, como o fechamento de empresas, desemprego e surgimento de doenças mentais em adultos, jovens e crianças”, alerta o CFM.
A nota não cita medicamentos defendidos pelo grupo de médicos de Santa Maria, como cloroquina e ivermectina, que não possuem evidências científicas de eficácia contra covid-19. O CFM também defende a vacinação de todos os brasileiros contra covid-19.
Confira na íntegra o comunicado do CFM:
NOTA À POPULAÇÃO
CFM se posiciona sobre medidas contra a Covid-19
Diante do aumento do número de casos de contaminação e óbitos decorrentes da pandemia de Covid-19, bem como da importância fundamental da proteção da saúde e da vida, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ressalta que:
1) É fundamental que o brasileiro, no seu cotidiano, adote medidas como uso de máscaras, a higienização frequente das mãos, o distanciamento social e a proteção de olhos e mucosas, bem como os cuidados com os grupos vulneráveis, sendo estas reconhecidas, até o momento, como os meios eficazes de prevenir o aparecimento de novos casos de Covid-19. Para o CFM, observar essas regras protege a sua vida, de sua família e daqueles que você ama;
2) Além de providenciarem a infraestrutura adequada para os atendimentos, a fim de garantir a ampla assistência, os governos devem considerar que a adoção de medidas restritivas de caráter local pode reduzir, momentaneamente, a pressão da demanda sobre o sistema de saúde, como tentativa de evitar o colapso. Por outro lado, podem também gerar consequências graves e de efeito duradouro para a sociedade, como o fechamento de empresas, desemprego e surgimento de doenças mentais em adultos, jovens e crianças;
3) A adoção de medidas restritivas de caráter local deve ser precedida de análise criteriosa de indicadores epidemiológicos, capacidade da rede de atendimento e impactos sociais e econômicos, devendo ser de curta duração e considerar as realidades específicas;
4) O CFM enfatiza que a vacinação contra a covid-19 de todos os brasileiros, no menor espaço de tempo, é o caminho mais seguro de se evitar que o contágio pelo coronavírus continue a causar adoecimento e mortes. As vacinas representam a esperança de superação da pandemia e o CFM apoia incondicionalmente que elas sejam disponibilizadas para toda a população.
5) Finalmente, o CFM reforça o reconhecimento e agradecimento a todos os médicos e profissionais da saúde, que mesmo diante do perigo e do enorme desgaste físico e emocional, permanecem firmes na linha de frente na defesa da vida.
Brasília, 4 de março de 2021.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Tem lógica. Noticiário local ignora o contexto estadual, noticiário estadual o federal e noticiário nacional o mundial. Manipulação fica mais fácil. Pegadinha é que se instala uma mentalidade ‘umbigo do mundo’. Alguém do Conselho FEDERAL está preocupado com o que acontece na aldeia portão da metade sul do RS? Arranjando sarna por conta do ato médico? Obvio que não. Ainda mais com politização acéfala por cima. Conselho Federal que se mete em vermelhices é a OAB federal.
Resumo da ópera é que se trata de polemica requentada e atrasada. Serve para ocupar espaço na mídia, da menos trabalho para os periodistas (vide ESA).