COLUNA OBSERVATÓRIO. “O que não falta é problema em Santa Maria. E daí?”

Santa Maria é amada. Pelas inúmeras virtudes. E até por seus “defeitos

Os manuais garantem: amar não é simplesmente aproveitar os bons momentos, mas também enfrentar os ruins. E vencê-los. Ou, dito de outra forma, para chegar ao mesmo ponto: amar os defeitos é também uma virtude. Do amado. E de quem ama.

Ok, ok, ok! Alguém dirá ser isso o suprassumo da pieguice. Que seja. Mas é assim que este colunista, em todos os espaços que ocupa (por alguma razão há de ser), procura tratar Santa Maria da boca do monte – a cidade que é sua desde sempre, embora aqui tenha aportado somente no fim dos anos 70.

Daí que, nesse momento em que a comuna chega aos 152 anos, fácil é dizer que vive-se numa cidade cosmopolita e de gente bonita, como quer que vejamos a sua população. E que se têm todas as condições de alcançar conhecimento, pelas inúmeras oportunidades oferecidas por suas escolas, da pré-escola ao doutorado. Isso só para falar em dois dos muitos positivos.

O nem tão fácil é afirmar que vivemos um caos urbano difícil de encontrar igual em cidade similar de qualquer canto do planeta. E que os nossos morros estão sendo depredados sem que uma atitude seja tomada – o que talvez só ocorra após uma tragédia que virá, inevitavelmente. E que, apesar de tudo isso e mais um punhado de outros problemas complicados, amamos Santa Maria do mesmo jeito.

Que diabo! O jeito é aproveitar o muito que a cidade nos oferece. E tratar de resolver os problemas. De frente. Sem tergiversar. Isso também é uma declaração de amor. Feliz Aniversário, Santa Maria! E ponto.