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PARTIDOS. No ritmo atual, Aliança pelo Brasil sairá do papel só em 2024. Bolsonaro já procura plano B

Agremiação cria do Presidente ainda não tem assinaturas para ser oficializada

Placa feita com cartuchos foi destaque na 1ª convenção do partido, em Brasília, em novembro de 2019 (Reprodução/Twitter/@danielPMERJ )

Reproduzido do portal Poder360 / Texto de Caio Spechoto (com Guilherme Waltenberg)

O ritmo de validação das assinaturas para criar a Aliança pelo Brasil aumentou depois do 2º semestre de 2020, mas se mantida a média diária deste ano o partido de Jair Bolsonaro só sai em março de 2024.

Para criar um partido é necessário conseguir 491.967 assinaturas com apoio de eleitores. Essas assinaturas precisam ser validadas pela Justiça Eleitoral. O infográfico a seguir mostra a validação de assinaturas por dia desde o início do processo, no fim de janeiro de 2020.

Até a manhã de 4ª feira (24.fev.2021), havia 72.956 assinaturas validadas. A média em 2021, até o momento da produção dessa reportagem, era de 372 validações por dia.

O número total de apoios validados pode ser lido NESTA PÁGINA. Há atualização constante. Por isso, a cifra atual pode não ser exatamente a mesma registrada nesta reportagem.

Luiz Felipe Belmonte, vice-presidente do Aliança, disse ao Poder360 que o partido conseguirá os apoios até abril e que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) poderá analisar tudo até agosto deste ano.

“Começamos a cobrar dos cartórios eleitorais que eles cumpram o prazo de 15 dias para analisar as fichas. Temos fichas que estão há 8 meses sem análise”, declarou Belmonte.

Além do número mínimo geral de assinaturas, é necessário que se atinja um número mínimo em pelo menos 9 Estados. O partido já conseguiu bater essa quantidade em 10. São eles: RR, AP, RO, MS, PB, AM, SC, DF, MA e PR.

A sigla planeja abrir nos próximos dias diretórios em ao menos 9 Estados. Paraná deve ter o 1º. A ideia é usar essas bases locais para acelerar a coleta de assinaturas.

AS OPÇÕES DE BOLSONARO

O presidente da República deixou o PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018, depois de se desentender com a cúpula da legenda, no fim de 2019. Foi quando anunciou a criação da nova sigla.

Bolsonaro, porém, já fala publicamente em se filiar a outro partido. Disse, em janeiro, que procurará outra legenda se a Aliança não “decolar” até março. Ele precisa se filiar a um partido até abril de 2022 para concorrer à reeleição.

Têm sido citados como possíveis destinos de Jair Bolsonaro:

Patriota– o presidente afirmou que está “namorando” a sigla. É um partido com pouca estrutura, mas do qual Bolsonaro poderá negociar o controle;

PP– é estruturado e Bolsonaro já foi filiado à sigla, mas dificilmente comandaria a legenda;

PL– é uma sigla bem estabelecida, mas é improvável que Bolsonaro consiga o comando sobre a legenda;

Republicanos– 2 dos filhos de Bolsonaro estão na sigla, mas o atual presidente, deputado Marcos Pereira (SP), não abre mão do controle do partido;

PTB– o presidente, Roberto Jefferson, é defensor de Bolsonaro, mas não abriria mão de controlar o partido. Além disso, a sigla tem uma estrutura modesta;

PSL– tem a 2ª maior fatia dos fundos partidário e eleitoral e já abriga deputados bolsonaristas. Seria necessário, porém, fazer as pazes com a cúpula e sepultar traumas do racha da legenda.

Mudanças de partido não são novidade na vida política de Jair Bolsonaro. Quando deputado, esteve filiado a PDC, PPR, PPP (que virou PP), PTB, PFL, PSC e PSL, conforme sua página no site da Câmara. Seu mandato de vereador, antes de virar deputado federal, foi pelo PDC. Ocupou o cargo de 1989 a 1991.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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