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CÂMARA. Blattes diz que o comportamento de Roberta, que não se vacinou, é constrangedor

Discussão desta quinta-feira (28) foi motivada pelo Passaporte Sanitário

“É desrespeitoso alguém que não toma vacina e que vem sem máscara para dentro da Câmara de Vereadores, que fica tossindo, tomando mate e conversando como se nada acontecesse”, disse Ricardo Blattes (Foto Câmara/Divulgação)

Por Maiquel Rosauro

O Passaporte Sanitário voltou ao debate na Câmara de Vereadores de Santa Maria. A vereadora Roberta Pereira Leitão (PP), mais uma vez, se manifestou de forma contrária à obrigatoriedade da apresentação do documento. O vereador Ricardo Blattes (PT) disse que o comportamento da parlamentar é constrangedor.

Ao discursar na tribuna, Roberta afirmou que é preciso fazer uma análise de tudo o que aconteceu durante a pandemia e o que poderia ter sido feito diferente. Ela criticou o sistema de bandeiras do distanciamento controlado estabelecido pelo governo Eduardo Leite (PSDB) e a nova política de apresentação da carteira vacinal contra covid-19.

“O atentado às liberdades e dignidade humana vem travestido de outro discurso falacioso de proteção à saúde coletiva. A segregação de liberdade – entre bons cidadãos, bons seres humanos vacinados e maus cidadãos não vacinados – não pode prosperar. Pessoas vacinadas podem contrair e disseminar à covid-19. Pessoas não vacinadas podem estar imunes. Não há uma justificativa lógica para o Passaporte Sanitário”, disse Roberta.

Na sequência, o vereador Rudinei Rodrigues – Rudys (MDB) relatou que é favorável à vacinação e nunca duvidou da eficácia dos imunizantes. Porém, disse ser contra o Passaporte Sanitário. O emedebista foi sincero em sua justificativa.

“Enquanto empresário do ramo noturno, eu não vou votar em um projeto que mais uma vez vai atravancar meu negócio, prejudicar meus funcionários e continuar fazendo com que eu tenha que promover desemprego. Não mesmo”, argumentou Rudys.

Blattes falou que não é razoável uma pessoa não vacinada transitar em locais onde há aglomeração e defendeu que aqueles que se dizem imunes ao vírus comprovem tal situação. Ele disse que, pessoalmente, se sentia constrangido em sentar-se perto de Roberta no Plenário do Parlamento, uma vez que ela não se vacinou e nem defende a vacina.

“É desrespeitoso alguém que não toma vacina e que vem sem máscara para dentro da Câmara de Vereadores, que fica tossindo, tomando mate e conversando como se nada acontecesse. Esse é o negacionismo, de negar que a doença existe, que continua entre nós. É contra esse tipo de atitude que eu jamais vou deixar de me insurgir”, afirmou Blattes.

Desde 18 de outubro, é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra covid-19 em atividades de alto risco de contágio de coronavírus, como competições esportivas e festas em todo o Estado. A norma vale tanto para profissionais que trabalham no local quanto para o público em geral e é regrada pelo Decreto Estadual 56.120/2021.

Mesmo existindo uma legislação em nível de Estado, há dois projetos que tratam do tema no Legislativo Municipal. Um, de autoria de Roberta, que proíbe a exigência de comprovação do Passaporte Sanitário em Santa Maria (AQUI) e outro de Marina Callegaro (PT) que exige o comprovante em casas noturnas, boates, teatros, cinemas e locais fechados com circulação de pessoas (AQUI).

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3 Comentários

  1. Eu acho que a discussão sobre “vermelhos”, “esquerdistas” ou “direitistas” nem cabe nesse momento e na referida temática. Temos que ter bom senso e respeitar a ciências e os cientistas. Mas com relação a manifestação do Vereador Rudys, eu não aceito um legislador que assuma uma posição de legislar em causa própria. Deveria ter a decência de se abster.

  2. Negócio é o seguinte e o seguinte é o da vez. Quem se achar constrangido que fique no seu canto e não encha o saco. Usando a propria ‘tatica’ dos vermelhinhos, ‘há coisas mais importantes do que se ocupar’. O elefante branco do Casarão é uma. Kuakuakuakuakua!

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