CÂMARA. Discussão entre dois parlamentares teve novos capítulos nas sessões plenárias da semana
Maria Rita Py Dutra disse que não ocorreu ‘violência’ contra edil progressista
Por Maiquel Rosauro
Na semana passada, a vereadora Roberta Pereira Leitão (PP) passou mal após uma crise respiratória e desmaiou. Ela alega que o fato se desencadeou devido a uma discussão com o vereador Ricardo Blattes (PT), o que gerou notas públicas de PP e PT (AQUI). Esta semana, o caso gerou novos capítulos com manifestações na tribuna.
Na terça-feira (16), Roberta iniciou seu discurso com um esparadrapo na boca e “x” vermelho desenhado na palma da mão, símbolo da violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela ficou em silêncio, com o braço estendido, por alguns segundos até iniciar seu discurso.
A “mordaça”, segundo a vereadora, era porque ela teria sido impedida de falar na tribuna na sessão anterior (faltou quórum mínimo de sete parlamentares e a sessão foi encerrada). Já o “x” remeteria à discussão com Blattes na reunião extraordinária da Comissão de Orçamento e Finanças (COF).
“Sem perguntar por que eu não estava fazendo o uso de máscaras, aos gritos, já de uma forma intimidadora, já de uma forma agressiva, (Blattes) disse que não ficaria numa sala com pessoas não vacinadas e sem uso de máscaras e que eu estaria, sim, colocando a vida de todos em risco”, relatou Roberta.
Ela também afirmou que faltou a Blattes empatia, respeito, decoro, ética e que sua atitude foi machista e sexista. Roberta afirmou que foi constrangida a usar máscara, agredida verbalmente e que seu sobrenome foi usado de forma pejorativa pelo petista.
Assista ao discurso na íntegra:
O assunto voltou à tribuna na sessão de quinta (18) com a vereadora Maria Rita Py Dutra (PCdoB), que acompanhou a fatídica discussão na COF. Ela relatou todo o acontecido, disse que ficou muito nervosa com a situação e que, logo após o desmaio da progressista, Blattes correu atrás de ambulância. A comunista refutou a possibilidade de violência como simbolizou Roberta na tribuna.
“Não houve violência doméstica, o que houve foi uma disputa de poder e um debate em função de uma máscara”, disse Maria Rita.
A parlamentar também afirmou que se sentiu envergonhada com a confusão de conceitos apresentados na sessão de terça por Roberta. Ele reafirmou que não ocorreu um caso de violência contra a mulher.
Confira na íntegra o discurso de Maria Rita:
Feminismo é bom só quando convém. Antes era mi-mi-mi da esquerda.
Que “chinelagem” tá essa câmara de vereadores. O Presidente da casa, diz pra um vereador, “te pego lá fora”, mais especificamente na garagem, agora uma irresponsável alega “violência doméstica”…kkkk…e desmaia pra não usar máscara. Um pirulito de chuchu de presente pra quem adivinhar de que matiz ideológica são estes dois mentecaptos.
Entre ideologia política e a de gênero: ideologia política
Trabalho útil no Casarão que é bom nada. Maria Py Dutra é ‘time Blattes’. Obvio. Blattes procura, uma hora encontra. Diz que na Sala Vermelha do Diario Vermelho fala grosso (mulher também, segundo episódio), ameaça levantar e sair. Para o estacionamento não vai. Capivara está crescendo. Esquerda escandalizar-se-á. Rirei muito. Vereadora? Depois do banho de alcool se espera qualquer coisa.