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CÂMARA. Projeto de Tony Oliveira turbina valor das emendas impositivas de vereadores de Santa Maria

Parlamentar do Podemos se inspira em acordo realizado no Congresso Nacional

Este ano, cada edil teve direito a quase R$ 500 mil para emendas impositivas. Tony propõe mais em 2024 (Foto Luã Santos/Câmara)

Por Maiquel Rosauro

As emendas impositivas dos vereadores de Santa Maria poderão ser turbinadas no ano eleitoral de 2024. Tramita na Câmara o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 1/2023, de autoria de Tony Oliveira (Podemos), que aumenta o orçamento impositivo dos atuais 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do Orçamento do Município para 2%. Parece pouco, mas significa um volume considerável de recursos públicos nas mãos dos parlamentares.

A RCL de 2002 foi de R$ 814.186.686,90, o que representou um orçamento impositivo de cerca de R$ 9,7 milhões. Na prática, cada um dos 21 vereadores teve direito a R$ 495.047,71 para direcionar em emendas impositivas este ano – sendo que a metade, obrigatoriamente, teve a saúde como destino.

Se os 2% já estivessem valendo para este ano, cada parlamentar teria direito a cerca de R$ 775,4 mil em emendas impositivas.

“A matéria relevante e a proposição é necessária, haja vista que objetiva alterar a alíquota destinada às emendas de vereadores ao projeto de lei orçamentário anual, passando para 2% da receita líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, bem como desburocratizar o procedimento de análise e verificação das programações orçamentárias que eventualmente apresentarem impedimentos de ordem técnica”, diz Tony na Justificativa da proposta.

Como trata-se de um projeto de lei que altera a Lei Orgânica, a iniciativa terá de ser discutida por uma comissão especial. O colegiado será formado na sessão desta quinta-feira (23).

O valor exato que os vereadores terão à disposição para as emendas impositivas, em 2024, dependerá do Orçamento do Município. A regra é simples: quanto mais o Executivo arrecadar maior será a RCL.

De onde surgiram os 2%

Tony não sugere o índice de 2% ao acaso. É o mesmo percentual usado para turbinar as emendas impositivas do Congresso. A iniciativa surgiu em um acordo entre os parlamentares e o então governo de transição para dividir os R$ 19,4 bilhões que ficaram sem dono após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar, em 19 de dezembro do ano passado, que o orçamento secreto era inconstitucional.

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Um Comentário

  1. Turbina a pouca vergonha. Fizeram um acordo no Congresso, todos irão se jogar de um viaduto que nem a Garganta do Diabo. Edis deveriam copiar.

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