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EDUCAÇÃO. Sindicato dos Professores Municipais contra a proposta que cria a Escola Cívico-Militar

Entidade divulga Nota Pública para expor sua posição diante do projeto de lei

Da Página do Facebook do Sindicato dos Professores Municipais

A Câmara de Vereadores de Santa Maria aprecia na sessão ordinária desta terça-feira (21) o Projeto de Lei 9330/21, com origem no Executivo Municipal, que implanta na rede municipal o vergonhoso modelo de escola cívico-militar. O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria opõe-se veementemente à proposta, uma ameaça à educação democrática, inclusiva e participativa.

Esta é uma estratégia do Governo Bolsonaro, abraçada pela gestão Pozzobom/Décimo, mais um fato que reafirma os laços políticos-ideológicos que os aproximam desde as eleições de 2018.

O problema da escola pública brasileira, e principalmente de Santa Maria, não se resolve com militarismo, uniformização e obediência servil. Nossa vocação é de respeito à pluralidade, da liberdade de aprender e ensinar, e não de homogeneização, do tipo que pode ser orientada por um manual militar, de controle e repressão.

Senhores prefeito e vice, o que a escola pública precisa é de estrutura, investimento e valorização de seus profissionais. Não traga os militares para as escolas.

Senhores vereadores, ouve-se comentários de manobras legislativas para aprovar esse projeto sem o devido debate com a sociedade, sem ouvir professores e comunidade, em um momento em que as escolas estão focadas no encerramento de um ano complexo e cansativo para todos. O movimento sindical, no entanto, está atento.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI (se for usuário da Rede Social)

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Um Comentário

  1. Senhor Claudemir, a nota do Sindicato dos Professores Municipais só denota ignorância sobre os objetivos e fundamentos do programa, além de enorme preconceito contra os militares.
    É sempre importante lembrar que as escolas militares existem no Brasil a mais de um século e, nos dias de hoje, ocupam os primeiros lugares no IDEB dentre as escolas públicas, estando colocadas, todas, dentre os 20 primeiros lugares.
    Ocorre que essas escolas militares tem acesso através de processo seletivo, o que impede, na grande maioria das vezes, que as vagas sejam ocupadas por crianças em vulnerabilidade social. Assim, este programa tem a intenção de oferecer uma modalidade de sucesso na educação para quem dificilmente teria acesso a ela, se fazendo, na verdade, de um programa de inclusão social.
    É importante registrar que, de forma exatamente oposta ao ensejando pelo sindicato, não existe nenhum outro programa em educação mais democrático do que o Programa das Escolas Cívico-Militares, pois ele é o único que consulta a comunidade escolar sobre o seu desejo de ver implantada ou não essa modalidade. Se a escola for adotar a metodologia Waldorfiana ou Montessoriana, os professores adotam e pronto. Para adotar a escola cívico-militar, a comunidade foi consultada e houve ampla aceitação. E essa é a verdade.
    Acrescento que os fundamentos do trabalho dos monitores que se dá fora das salas de aula são constituídos pelo PROERD (Programa de Resistência a Violência e as Drogas) que a Brigada Militar desenvolve no RS há mais de 2 décadas, bem como na Ética das Virtudes, de Aristóteles, que orienta que ao observarem de forma permanente as ações virtuosas dos mais velhos, no caso professores e monitores, os jovens se inspirem nessa conduta na busca de cada indivíduo pela felicidade, e apartir dessa premissa, tendam a repetí-las.
    Logo, se deseja que a inspiração deles deixe de ser o criminoso que o circunda, o traficante, o assaltante, e volte a ser o professor, com o apoio do militar.
    Este é o programa.
    Se os professores são contras porque eles estão contaminados com ranços ideológicos ou se realmente isso tudo é ruim para as crianças, então que a Câmara rejeite. Se não for, que aprove.
    Respeitosamente,

    MARCELO DORNELLES DOS SANTOS
    Desenvolvedor do Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares

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