Claudemir PereiraHistóriaJornalismoMídia

HISTÓRIA. 78 anos de A Razão e o lide interrompido

Tenho o maior orgulho de, por 26 anos (17 dos quais como profissional contratado), atuar naquele jornal que é a grande fonte histórica de Santa Maria por mais de três quartos de século. A pedido do editor, José Mauro Batista, produzi um texto que foi publicado na histórica edição desta terça-feira, 9 de outubro – data em que A Razão completa 78 anos. Confira a íntegra (inclusive com o título original que, por respeitável opção editorial, foi mudado), a seguir:

Um lide interrompido

José Mauro Batista, ao telefone: “pode ser uma história presenciada no teu tempo de jornal”. A sugestão fez retornar à mente uma série de situações. Afinal, bem contadinhos, são, agora em dezembro, 26 anos, em quase 30 anos (cruzes!) de profissão. Só em quatro deles afastado, no meio do caminho. E 17 como profissional contratado, tendo sido repórter e colunista esportivo, antes de editor, chefe de reportagem e colunista político, não necessariamente nesta ordem. Os outros nove…

Bem, os outros nove anos são os atuais. Vinculado ao jornal, mas não como profissional contratado, tenho o maior orgulho de assinar uma coluna de final de semana que (os outros dizem, não desminto, e, algo cabotino, fico bem faceiro) é referência, na política santa-mariense.

Sim, não são 26 dias. E, aí, a sugestão do editor. Que história poderia contar desse tempo todo, que é, por coincidência, exatamente um terço da própria existência do jornal? Que diabo! Vem ao bestunto uma, de imediato. Mas como dizer ao José Mauro que não quero falar sobre ela? Me deixa por demais triste.

Lembra de um tempo diferente. E não pelas máquinas de escrever, aparelhos de telex barulhentos, telefones idem e a montanha de papéis que eram as redações. Mas porque o ato de buscar, redigir e editar uma notícia era, com o devido perdão dos modernos (que acreditam, e tem lá alguma razão, que o redator é só nostálgico), mais, muito mais emocionante.

Não quero falar, escrever e, se pudesse, nem pensar porque dá uma saudade medonha de um sujeito que, simplesmente, fazia a diferença. A Clotilde (Nica, na verdade) é a única, da equipe atual, que estava presente. Era editora, comigo na chefia de reportagem. Teve que interromper as férias, por conta do fato.

Vamos fazer o seguinte: se quer saber mais, vai ao arquivo. Pronto. Nada mais digo. Exceto a data, que jamaaaais foi esquecida. 5 de março de 1988. Sábado. Madrugada. Tristeza infinita. Passou? Claro que não.

Até hoje tenho o sujeito como o melhor diretor que eu jamais poderia ter tido. O cara que, contrariando todos os prognósticos, acreditou que um piá de 23 anos poderia ser o editor do jornal que é a própria história de Santa Maria. Esse é o fato. Incompleto. O tal de lide não fechou. Foi interrompido. Como a vida de Luizinho de Grandi, naquele sábado filho da mãe.”

SE QUISER LER A REPORTAGEM DO PRÓPRIO JORNAL, ACERCA DE SEUS 78 ANOS, CLIQUE AQUI.

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