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CÂMARA. Rempel requer criação de comissão que ele próprio impediu a formação em dezembro

Colegiado acompanhará a obra de ampliação da Casa, paralisada desde 2013

Com o Regimento Interno a seu favor, Werner Rempel deverá iniciar os trabalhos legislativos de 2022 na presidência de comissão especial que João Ricardo Vargas tentou criar no final do ano passado. Foto Câmara / Divulgação

Por Maiquel Rosauro

O ano iniciou no Parlamento de Santa Maria com um astuto “drible” do vereador Werner Rempel (PCdoB) sobre o ex-presidente da Casa, João Ricardo Vargas (PP), a respeito da comissão especial que acompanhará a obra de ampliação da sede da Câmara, paralisada desde 2013. O progressista tentou criar o colegiado no fim do ano passado, mas não teve sucesso devido a uma manobra do colega comunista que, agora, requer para si a formação da comissão.

Na última sessão do ano antes da eleição da Mesa Diretora, em 23 de dezembro, quando a comissão seria criada a pedido de Vargas, Rempel solicitou o adiamento da formação. A solicitação foi aprovada por 12 votos a 7, gerando indignação nos aliados do então presidente, farpas nas redes sociais e bate-boca na tribuna.

A ação de Rempel para impedir a formação da comissão não chegou a ser uma surpresa. Dias antes, adversários do progressista demonstravam desconforto com a iniciativa porque entendiam que Vargas não fez o suficiente para buscar soluções para a obra inacabada ao longo de 2021.

O ano virou e, no dia 6 de janeiro, um novo capítulo foi escrito. Rempel protocolou um pedido de formação de comissão especial para tratar do mesmo tema. Mas como fica a comissão de Vargas, que teve formação adiada?

O Artigo 142 do Regimento Interno da Casa classifica o requerimento de Vargas como “proposição”. Já o Artigo 147 determina que “as proposições não votadas até o final da Sessão Legislativa serão arquivadas, exceto as de competência da Comissão Representativa e as de iniciativa do Poder Executivo”.

Ou seja, como a votação foi adiada, a proposição foi arquivada. O parágrafo 1º do Artigo 147 estabelece que “na Sessão Legislativa seguinte, somente a requerimento de vereador (a) será desarquivada a proposição, prosseguindo-se a sua tramitação desde a fase em que se encontrava”.

Como Vargas não protocolou um pedido de desarquivamento, abriu caminho para Rempel completar o “drible” e ainda requerer para si a formação da comissão especial. Como proponente, ele ainda deverá ser o presidente do colegiado.

Werner Rempel protocolou pedido de formação da comissão especial em 6 de janeiro. Foto Reprodução

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2 Comentários

  1. O articulista compara política com esporte ao afirmar que o Vereador Rempel driblou o ex-presidente da casa legislativa. Acho que foi muito mais que isso. Werner foi brilhante. Política é a arte do diálogo, a arte de construir consenso, sempre visando o bem da comunidade. No caso da vereança, requer domínio de uma série de leis, a partir da Constituição Federal ao Regimento Interno da casa. Política requer respeito, seriedade e sabedoria, atributos que o Vereador Werner Rempel tem de sobra. Neste 2022, a nova mesa diretora terá oportunidade de mostrar seu trabalho, uma prerrogativa das democracias, enquanto o Vereador Werner presidirá a Comissão Especial que tem por objetivo avaliar e fiscalizar o andamento administrativo e judicial do processo do prédio em construção.

  2. Para a população em geral tanto faz. Na bolha de inutilidade do Casarão da Vale Machado é grande coisa. Alás, alguém já viu algum edil na fila para se vacinar? Porque enquanto ficam de palhaçadinha por lá a população se lasca numa fila. Desculpas não faltam. E, se não existe censura prévia, há no minimo um constrangimento na midia local. Varias vezes foi ouvida a frase ‘não quero fazer uma critica contundente a prefeitura’. Como dizia Millor, ‘Jornalismo é oposição, o resto é armazem de secos e molhados’. Viva o pequeno comércio de Santa Maria. Voltemos ao assunto. Santa Maria tem os fósseis da Alemoa e o Alemão que é um fóssil. Turquia. Lei Islamica condena a ‘usura’, como os vermelhinhos. Mas não a define. Na época do Império Otomano (versão curta da história) liberou-se nos paises daquela religião a cobrança de juros. Vermelhinhos (pior do que Covid, existem em todo lugar) começaram campanha (gostam de desestabilizar regimes para tentar tomar conta) contra os juros. Eis que entra em cena Erdogan. Aproveita a migração do campo para a cidade de uma população mais conservadora. Pois bem, inflação disparou depois da pandemia (algo esperado, assim como instabilidade politica, vide Casaquistão). Paises ‘em desenvolvimento’ aumentam os juros para tentar frear a disparada de preços. O que faz o presidente turco? Baixa os juros. Argumento religioso, a Lei Islamica não permite. Diz que os investimentos irão ocorrer de qualquer forma e trará crescimento. Chamam de Erdonomics, a economis de Erdogan. Lira Turca afundou, inflação já bate nos 40%, poupadores se lascaram, classe média se lascou e os que tem grana e/ou formação ‘pulam do barco’. Rempel também tem sua Wernernomics, ideias vermelhinhas. Tem solução para todos os problemas do Brasil e da ‘humanidade’. Agora quer fazer parte da solução do problema que ajudou a criar, apoiou veemente a construção do Elefante Branco. Esta gravado. Werner é ‘gente boa’, proporciona momentos engraçados com suas idéias ‘démodé’. Não tanto quanto levou corridão da gurizada do PSOL que invadiu a CV, mas ainda rende risadas.

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