Enquanto isso. Prepara-se a transição para o período pós-Renan como presidente do Senado
Já me perdi, mas pelo que sei já são cinco representações contra Renan Calheiros, presidente licenciado do Senado. Houve uma sexta, na verdade a primeira, da qual, embora culpado pelo Conselho de Ética, acabou inocentado no plenário.
Esse vendaval de acusações, exceto uma, todas baseadas em reportagens da revista Veja, não parece ter força para implodir judicialmente com Renan embora esse seja o interesse da Editora Abril. Alias, por que mesmo, hein? Mas, de todo modo, implodiram a carreira política do senador alagoano. Virou um zumbi. Pode até retornar ao mundo dos vivos políticos, mas isso tende a demorar – embora estejamos no Brasil, em que até Fernando Collor já cumpriu sua pena e até foi eleito senador, curiosamente, também por Alagoas.
Licenciado por 45 dias da presidência, e já há 10 dias do cargo (por razões de saúde), Renan, é o que se diz, tende a renovar os dois afastamentos. Até que… Até que… Até que se chegue a um acordo que permita a ele salvar o mandato. Não mais que isso. A tendência é que seja possível, com a boa vontade do governo e parte da oposição – mesmo aquela que discursa com virulência na tribuna, nos bastidores não é tãããão vinagreira assim.
Resolvida essa questão, bem, aí se trata de renunciar ao cargo. O que, feito antes de 31 de janeiro (o que é bastante provável), implicará na eleição de um novo presidente, para um mandato tampão que se esgota em janeiro de 2009.
Será do PMDB o novo presidente, isso é certo. Mas quem? Da oposição não será, é a aposta de 10 entre 10. Aliado de Renan? Talvez. Mas quem???? Esta é a questão da hora, nos corredores do Senado. E em outras vielas políticas brasilienses. Vielas, no caso, no sentido literal – nunca pejorativamente, que não é o caso, claro.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira a notaGaribaldi ganha força para suceder Renan, de Eduardo Bresciani, no site de Etevaldo Dias.
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