A PAIXÃO POR UMA CIDADE (66). O professor Pedro Brum Santos e o calor humano de Santa Maria
Por LICIANE BRUN (texto) e CLAUDEMIR PEREIRA (foto)
Há trinta anos, a cidade acolheu mais um morador e a colocou em seu coração. O professor Pedro Brum Santos saiu da cidade natal, Tupanciretã, e veio a Santa Maria na segunda metade da década de 70, em busca de trabalho e estudo. Mas já conhecia a cidade ainda quando criança. “Minha primeira impressão é de um tempo anterior a este em que mudei para cá. Quando menino, vim algumas vezes com meu pai e numa excursão de colégio para conhecer a universidade. Da cidade gravei a Acampamento, a primeira quadra, as galerias, os ambulantes, os pregões que se ouvia rua afora e a grande pujança do comércio. Para mim, esse era um mundo nervoso e muito distante”, revela.
O professor do curso de Letras da UFSM considera que Santa Maria destaca-se, principalmente pela diversidade de alternativas, eventos, festividades, feiras, ofertas, convívios. “Seu centro é dinâmico, movimentado, diverso”, externa o professor. Ele considera Santa Maria uma cidade acolhedora, possui uma massa crítica apreciável que gravita em torno de suas universidades e dos muitos órgãos de sua vida ativa. “Tem uma tradição de movimentos sociais organizados e uma juventude estudantil que faz a diferença na dinâmica da cidade, na sua vida noturna, nos grandes e pequenos eventos”.
Segundo as impressões de um ilustre morador da cidade, Santa Maria é uma cidade boa para se viver, a região é muito bonita, tem belezas naturais e o clima humano é interessante. “Por aqui tenho estado nas últimas três décadas e não tenho nenhum plano de sair. Já vivi, naturalmente, muitas situações da história da cidade, muitas delas confundidas com minha história pessoal ao longo desse tempo. O que posso dizer mesmo é que me sinto mais de Santa Maria do que de qualquer outro lugar onde já morei ou estive”. E completa: “De minha parte, estou com os que aqui ficam, descobrem a cidade, gostam dela, curtem sua geografia, seus tipos e, sobretudo, o calor humano que é forte por aqui”.
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