Nós teremos um novo Calçadão em Santa Maria! – por Jorge Pozzobom
Este é um compromisso que eu e o meu vice-prefeito Rodrigo Decimo assumimos com a população de Santa Maria: nós teremos um novo Calçadão Salvador Isaia, em breve, em nossa cidade. Não um Calçadão reformado ou com alguns reparos pontuais aqui e acolá. Um Calçadão novo de verdade. Reconstruído desde a sua estrutura, literalmente. Hoje, eu sei que obra está feia, por vezes parece até abandonada, e isso gera incômodos a quem passa pelo Centro e, principalmente, aos comerciantes da região. Eu mesmo estou insatisfeito com o tempo que essa grande intervenção está levando, porém, garanto que isso vai passar. E é como eu sempre digo: o transtorno passa, mas a melhoria fica.
A obra do novo Calçadão foi pensada para ser uma intervenção permanente, pois o espaço inaugurado em 1979 já dava sinais evidentes da necessidade de uma ação pensada a longo prazo. Os governos anteriores poderiam, sim, ter feito algo, só que preferiram ignorar o problema Ou pior: fazer uma mera maquiagem, remendando lajotas com cimento. Só que o nosso Governo resolveu buscar uma solução definitiva. A nova proposta envolveu agir em fundações, readequação e modernização, desde a macrodrenagem com novas redes de água, esgoto e pluvial existente, até uma concepção arquitetônica inspirada num modelo de shopping a céu aberto, com piso moderno e resistente e mobiliário e iluminação compatíveis.
Essa grande intervenção estrutural começou em janeiro de 2020, logo foi interrompida pela pandemia, teve uma série de vaivéns e andou de uma forma mais lenta em função de alterações no projeto e pelo cenário encontrado durante a execução, com uma série de dificuldades para realizar o serviço in loco. A consistência do solo em algumas regiões exigiu o emprego de marteletes pois a escavadeira com a sua concha não conseguia fazer e maquinário empregado chegou a quebrar durante a execução. Além disso, ocorreram diversas intercorrências nas redes de esgoto, abastecimento e de comunicação que precisaram de manutenções em função de rompimentos durante a escavação. Até foi encontrado um poço artesiano que não estava mapeado na Rua Floriano Peixoto. Sem falar nas questões de conhecimento público e de mercado que ocasionaram atrasos e replanejamento orçamentário em função da suba, falta ou dificuldade em adquirir vários insumos da área da construção civil ao longo dos últimos dois anos.
O projeto arquitetônico de autoria do Instituto de Planejamento (Iplan), começou a ser executado por meio de um Termo de Compromisso (TAC) com a De Marco, de Erechim. Ao longo de 2020, diante de questões orçamentárias e adequações ao projeto original, outra empresa, a Urbanes, de Santa Maria, que também tem contrapartidas por empreendimentos em execução na cidade, entrou no projeto. A De Marco e Urbanes executaram as galerias centrais, em torno de 170 metros, com oito poços de acesso, para abrigar as redes de esgoto, o pluvial e nova rede de água. A Corsan, por sua reconhecida expertise, foi chamada pela Prefeitura para entrar no projeto e auxiliar com mão de obra para as questões mais complexas dessas novas redes.
Vencida essa etapa, a nova fase da obra do Calçadão começou no dia 31 de janeiro com a Corsan trabalhando na rede de abastecimento de água e rede coletora de esgoto, e com o apoio da De Marco anteriormente, agora da Urbanes, para fazer as ligações dos ramais que já estão na galeria. Após a Corsan executar todo esse serviço, a Urbanes deverá fazer a rede pluvial que vai coletar os ramais pluviais dos prédios. A etapa final inclui o fechamento das duas galerias em direção à Rua Floriano Peixoto.
Devido à complexidade da obra e por ser uma ação prioritária de Governo, nós já decidimos que, após a conclusão dessa nova etapa, o restado será licitado para ser executado com recursos do próprio orçamento, ainda em fase de estudo, o que incluirá o reforço da nova estrutura do Calçadão, com nova fundação e compactação no entorno da galeria, concreto armado e alisado, drenagem superficial, canaletas e grelhas, e, por fim, todo o mobiliário urbano, como os decks e canteiros, paisagismo, iluminação e demandas de acabamento. Uma equipe do Iplan já está encarregada de fazer esse estudo técnico que envolve a elaboração de um termo de referência e demais itens exigidos para lançar a licitação.
Como eu já manifestei, a obra do Calçadão está demorando muito mais tempo do que eu gostaria. E, ao longo desse percurso de dois anos de trabalho, talvez a saída mais fácil para nós, diante de todas dificuldades, fosse recuar e optar por um reparo superficial, como foi feito em mais de 40 anos. Mas não adianta: não existem soluções simples para problemas complexos. O Calçadão Salvador Isaia é uma prioridade do nosso Governo. Um espaço vital para a economia da nossa cidade e um uma peça fundamental no projeto do nosso Distrito Criativo. Por isso, ele será feito da maneira correta, por completo, para ficar como a população de Santa Maria merece. Custe o que custar.
*Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Em novembro de 2020 foi reeleito para um novo mandato. Ele escreve no site às terças-feiras.
Foto no topo da página: Arquivo pessoal.
Mesmo discurso de sempre, um monte de explicações que não justificam. Obra publica com uma construtura envolvida já dá problema, com duas o que poderia dar errado? Obra grande com compensações e não com orçamento? Pediram com as duas mãos para…. deixa para lá. TAC no meu tempo era termo de ajustamento de conduta. Prognostico é que se não ficar bom mesmo não vai adiantar pagar anuncio no Diário Vermelho ou no Claudemir com P., o abominavel tchó da baliza. Vai ouvir um monte.