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Reciclar é estar com os olhos no futuro – por Paulinho Salerno

Restinga Sêca completa quatro anos de coleta seletiva. E com sucesso!

A separação e descarte incorreto de lixo tem sido uma questão muito debatida há anos. Por obrigatoriedade da Lei nº 12.305, sancionada em 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos, obrigando a existência da coleta seletiva e da reciclagem de lixo.

Ainda assim, são poucos os municípios brasileiros que contam com o serviço de maneira funcional. Os números atuais, segundo os dados do SNIS (Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento), dão conta de que apenas 2,1% do resíduo coletado é reciclado pelas cidades.

O serviço de coleta seletiva de Restinga Sêca já existe há quase quatro anos e podemos dizer que acontece de maneira satisfatória, até melhor do que o esperado quando começamos. A Coleta Seletiva se trata do projeto de uma parceria entre a Administração Municipal, através do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Secretaria de Obras, COMDEMA e da Associação Força no Braço. Seu surgimento se deu para solucionar o problema do descarte de materiais que, anteriormente, ocorria de maneira indevida no município, tendo sua implementação concluída em julho de 2018.

Além de contribuir para uma melhor destinação dos materiais e consequentemente reduzir o impacto negativo nos espaços públicos, a Coleta Seletiva hoje beneficia em torno de 15 famílias de associados, que trabalham em uma ampla central de triagem, na qual é feita a separação dos materiais coletados e a seleção de recicláveis para comercialização.

Invariavelmente ainda acontecem despojos indevidos, mas, à maneira que o projeto se consolida, a população vai compreendendo a importância de ter responsabilidade sobre o impacto que o lixo mal descartado causa no meio ambiente.

Inteiramos o cidadão restinguense através de panfletagem, sobre quando o caminhão passa na sua localidade. Em 2022, haverá também sua publicação nas redes sociais. Na sede municipal, existe um calendário fixo, enquanto na zona rural, possuímos um calendário anual com as datas do recolhimento para cada localidade, o que facilita bastante a compreensão sobre o funcionamento do serviço.

Trabalhamos para conscientizar cada vez mais, informando tanto o que pode ser recolhido e recebido na central, quanto os locais que recebem outros despojos, como é o caso dos aparelhos eletrônicos, hoje recolhidos pela Secretaria Municipal de Obras, junto ao parque de máquinas.

Desde a implementação da coleta – a qual foi estimulada no ano passado através da campanha “Jogue Limpo com Restinga” -, atingimos a média de 220 toneladas de lixo reciclado recolhido, número excepcionalmente positivo, mas que ainda pode melhorar, dentro das nossas pretensões de reduzir a zero a destinação incorreta.

Já podemos dizer que existe um caminho percorrido até aqui. Não o do caminhão do recolhimento, mas aquele da consolidação do projeto no cotidiano, desde a conscientização do munícipe até a redestinagem do que coletado.

E cabe salientar que a Coleta Seletiva é um case de sucesso, que se soma a uma série de outros projetos que fazem ou que ainda farão de Restinga Sêca uma cidade mais limpa e melhor de se viver – e de se visitar também. Afinal, se temos algo para partilhar sobre reciclagem é que aprendemos muito sobre o seu impacto e que a trabalhamos com os olhos no futuro.

(*) Paulinho Salerno é prefeito municipal de Restinga Sêca e presidente da Câmara Temática de Inovação da Famurs. Ele escreve no site às quintas-feiras.

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