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ESPORTE. Os tradicionalmente fortes Chacais em busca do seu 1º título gaúcho de futebol americano

Time de Santa Cruz do Sul “bateu na trave” três vezes: 2008, 2010 e 2014

O Santa Cruz Chacais está desde os primórdios na cena gaúcha de futebol americano (Foto Divulgação/Chacais)

Por Pedro Pereira

Há mais de uma década disputando as diferentes competições espalhadas pelo território gaúcho e nacional, o Santa Cruz Chacais figura como uma das mais tradicionais equipes de futebol americano do Rio Grande do Sul. Em 2022, o histórico time fundado por admiradores do esporte da bola oval vai em busca de seu primeiro título do Campeonato Gaúcho.

Tudo começou em 2004, quando um grupo de residentes da região do Vale do Rio Pardo, que tinha o mesmo interesse em praticar o “desconhecido” esporte, se une e forma uma das primeiras equipes de futebol americano do Estado, o Santa Cruz Bulldogs.

Após três anos de existência, divergências de ideias começam a aparecer entre os membros do projeto e parte dos envolvidos decide abandonar o Bulldogs. Assim, dando origem ao Santa Cruz Hurricanes, “primeira formação” do Chacais que, até os dias atuais, carrega as raízes da cidade de imigração alemã Estado afora.

Sobre a mudança de nome para Chacais, o fundador e atual presidente Jeancarlo Weschenfelder explica que manter o termo original “hurricanes” – que significa “furacões”, em inglês -, iria apenas dificultar o processo de reconhecimento da equipe uma vez que é uma palavra de origem estrangeira. “A gente percebia que os próprios jogadores tinham a dificuldade da pronúncia. Em uma cidade de colonização alemã, as línguas se atrapalham um pouco”, detalhou Weschenfelder.

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A partir disso, foi sugerido pelos próprios membros da equipe a adoção do termo “chacais”, em homenagem ao mamífero de origem africana de mesmo nome. Segundo o presidente, “vários nomes vieram de sugestões dos próprios jogadores. ‘Chacais’ foi uma delas por causa da relação da matilha do chacal. Eles têm uma forma de trabalhar em conjunto que era o que a gente tava buscando naquele período. Combinava, a gente achava que tinha uma boa sonoridade, era fácil de todo mundo absorver e optamos por esse nome.”

Já em 2020, à medida que as primeiras notícias envolvendo a vinda do Coronavírus ao território brasileiro começavam a se espalhar, a diretoria da época já previa o cancelamento das práticas presenciais do futebol americano, tanto que, como afirma o fundador, o Chacais foi a primeira equipe a anunciar que iam dar uma pausa nas atividades presenciais. “A gente parou completamente nesse período. Se manteve apenas conversas informais.”

Ainda que, entre o começo da pandemia no Brasil e o segundo semestre de 2021, algumas medidas de proteção contra Covid-19 mais flexíveis tenham sido postas em prática, a diretoria do Chacais não estava pronta para arriscar voltar a praticar o esporte, já que não acreditava que os torneios fossem voltar imediatamente. Dessa forma, uma alternativa que a equipe encontrou para que seus atletas mantivessem o funcionamento físico foi dar a possibilidade dos atletas representarem outra equipe enquanto o time santacruzense não retornasse aos trabalhos. “Quem quiser participar de campeonatos por outra equipe sem perder o vínculo com o Chacais, pode ficar tranquilo. Quando o Chacais voltar vocês as portas vão estar abertas”, assegurou Weschenfelder aos jogadores que desejavam voltar a praticar o esporte presencialmente.

Para se provar como um dos maiores, o Chacais, após ser vice três vezes, busca o seu primeiro título (Foto Divulgação/Chacais)

A preparação do Chacais para 2022 finalmente começou com o retorno das práticas presenciais em dezembro do ano passado. De acordo com Jeancarlo, as expectativas para o retorno são boas, no entanto, o sentimento que vem à tona é a saudade de entrar em campo e representar a cidade. “Primeiro de tudo: a gente tá com muita saudade do campo. Antes de qualquer coisa, independente de contra quem e onde a gente jogar, acho bem importante a gente poder voltar para os campos, poder mostrar o futebol para nossa torcida. Tem gente que sente muita falta”, contou o fundador.

Vale ressaltar que a equipe de Santa Cruz do Sul, ainda que uma das mais antigas, nunca chegou ao topo do pódio do Gauchão. Além disso, bateu na trave em três oportunidades – ao alcançar a segunda colocação em 2008, 2010 e 2014. Quando questionado se o peso para entrar em campo é diferente, o presidente incisivamente afirma que “não, de forma alguma”.

No mesmo sentido, confessa que o campeonato gaúcho, em algumas situações, não foi destacado como prioridade pelo time. “Em outros momentos a gente não priorizou [a competição gaúcha], a gente não participou para poder focar nos campeonatos do segundo semestre. Por achar que eram poucas equipes, não compensavam os gastos. Não vejo nem um pouco pesado isso. No momento que for pro Chacais ser campeão, ele vai ser campeão”, admitiu Weschenfelder.

O primeiro confronto do Santa Cruz Chacais no campeonato gaúcho será contra o Erechim Coroados, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul, no dia 19 de março às 14h.

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