As vidas salvas pela vacina da Covid-19 – por Michael Almeida Di Giacomo
“O mundo mudou? Um pouco, talvez. E a espécie humana.... quando evoluirá?”
Há exatamente doze meses e dez dias recebi a primeira dose da vacina de imunização contra a Covid-19. Era um sábado frio e chuvoso. O tempo feio não intimidou as centenas de pessoas (perto de mil) que estavam desde cedo no ginásio do Clube Dores.
Desde o início da campanha de vacinação tem-se a estimativa de que foram evitadas em todo o mundo a morte de vinte milhões de pessoas. É o que nos diz estudo recente publicado pela revista Lancet Infectious Diseases,
O método adotado também traz que se fosse alcançada a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), vacinar 40% da população em cada país, até o final de 2021, perto de seiscentas mil pessoas poderiam ter sido salvas.
Eu acredito que não tenha existido outro imunizante que, em tão pouco tempo, foi colocado à disposição das pessoas. A vida pôde voltar ao “normal”.
Um fato inegável é que, a partir da crise sanitária provocada pela Covid-19, o dia a dia de milhões de pessoas teve, em algum nível, mudanças significativas.
Pode-se dizer, vivemos uma nova realidade.
As mudanças que o mundo enfrentou, como a “descoberta” de que é possível trabalhar e ter o mesmo desempenho laboral dentro da sua própria casa, ou que um Sistema Único de Saúde – gratuito e universal – é o mínimo que o Estado máximo deve prover à sua população, são algumas das verdades que a realidade nos impõe.
Hoje, dizem – somos pessoas diferentes. Nem melhores, nem piores. Será?
Tenho convicção que a situação pandêmica oportunizou que muitos de nós pudéssemos compreender um pouco mais sobre a espécie humana.
Pelo viés positivo, a solidariedade de milhares que se dedicaram a ajudar àqueles que ficaram desprovidos de sustento próprio. Isso pois, aos nossos olhos, restou explícito o Brasil real, um país com milhões de pessoas invisíveis que viviam, e ainda vivem, à margem da nossa sociedade.
E também ficamos cientes de que há um número considerável de brasileiros a preferir viver na era medieval – onde a ciência não importa e a vacina é tida como heresia. Aliás, não foram poucas as pessoas que reverberavam esse pensamento e, contaminados, foram à obito, pois não estavam vacinados.
Uma pena. A ignorância mata.
Ontem, dia 28, recebi a quarta dose da vacina.
Em um ano e poucos dias foram necessárias quatro doses para que meu organismo esteja fortalecido, e a doença não evolua para seu estágio mais crítico, caso eu seja contaminado.
Desta vez, não foi preciso acordar às 6 horas da manhã de um sábado e ficar mais de duas horas numa fila. Um simples acesso ao site da prefeitura, e foi possível marcar horário e local, via plataforma on-line.
O mundo mudou? Um pouco, talvez. E a espécie humana…. quando irá evoluir?
(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Nota do Editor: a imagem (sem autoria determinada) que ilustra este artigo é uma reprodução obtida na internet. Essa, especificamente, foi retirada d AQUI.
Vacina é assunto vencido. ‘Muitos de nós pudessemos compreender mais sobre a especie humana’? Só se iludiram os adeptos do idealismo/romantismo alemão do século XIX. Duvida é entre ingenuidade e ignorancia. Especie humana evolui, mas não para atender as expectativas das ideologias. O que é muito bom, Stalin, Mao, Hitler e o Estado Islamico sabiam o que era melhora para a especie humana. A unica certeza na historia toda é o narcisismo da militancia da esquerda. Diferença nestas hostes fica somente no grau de infantilidade e no nivel de falta de noção.