CÂMARA. Vereadores aprovam, por 17 votos a 3, subsídio de R$ 6,2 milhões ao transporte coletivo
Expectativa é de que, agora, prefeito anuncie a redução do valor da tarifa
Por Maiquel Rosauro
Após quase seis horas de sessão, os vereadores de Santa Maria, enfim, decidiram por aprovar o subsídio de R$ 6,2 milhões às empresas concessionárias do transporte coletivo. Além do projeto de autoria do Poder Executivo, também foi aprovada emenda do vereador Werner Rempel (PCdoB) que terá impacto sobre as linhas de ônibus. A proposta, agora, será encaminhada para sanção do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). Em maio, na Câmara, o tucano prometeu que o valor da tarifa seria reduzido para R$ 4,50, caso o repasse de recursos públicos às empresas fosse aceito pelos parlamentares (AQUI).
O projeto (AQUI) foi aprovado por 17 votos a três, em sessão extraordinária. Apenas os progressistas Pablo Pacheco e Roberta Pereira Leitão, e o socialista Paulo Ricardo Pedroso votaram contra.
O voto mais surpreendente foi o do vereador Tony Oliveira (Podemos), que após passar semanas criticando o projeto, votou a favor.
“Vou votar a favor deste subsídio, não pelo Executivo, mas sim pelos motoristas de ônibus e cobradores. Vou ficar de olho, se realmente vão aumentar o salário de todos esses funcionários que trabalham nas empresas de ônibus. Por eles, somente por eles, que vou votar a favor”, disse Tony na tribuna.
Dispensada pelo Plenário, Marina Callegaro (PT) foi a única parlamentar ausente da sessão extraordinária.
Emenda aprovada
Por unanimidade, os vereadores aprovaram emenda de Werner Rempel, a qual determina que a concessão do subsídio ocorrerá mediante apresentação de proposta ao Conselho Municipal de Transportes, atendendo aos requisitos de recuperação das linhas desativadas, retorno de horários subtraídos das linhas existentes, ampliação e criação de linhas de transporte coletivo urbano a fim de melhor atender a população.
Emenda rejeitada
Os vereadores João Ricardo Vargas (PP), Anita Costa Beber (PP), Danclar Rossato (PSB), Roberta Pereira Leitão, Tony Oliveira e Paulo Ricardo Pedroso haviam protocolado duas emendas na terça. Porém, os parlamentares desistiram das propostas após parecer contrário da Procuradoria.
Nesta quinta, os mesmos vereadores protocolaram uma emenda que condicionava o subsídio à apresentação, pelas empresas, de cronograma mensal de ações para recuperação e melhoria dos abrigos de ônibus. Contudo, a iniciativa foi rejeitada com 13 votos contrários e sete a favor (os autores da emenda foram os únicos que votaram de forma favorável).
Como votaram no projeto
A favor da concessão do subsídio: Adelar Vargas – Bolinha (MDB), Admar Pozzobom (PSDB), Alexandre Vargas (Republicanos), Anita Costa Beber (PP), Danclar Rossato (PSB), Getúlio de Vargas (Republicanos), Givago Ribeiro (PSDB), João Ricardo Vargas (PP), Lorena Santos (PSDB), Manoel Badke – Maneco (UB), Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), Ricardo Blattes (PT), Rudinei Rodrigues – Rudys (MDB), Tony Oliveira (Podemos), Tubias Calil (MDB), Valdir Oliveira (PT) e Werner Rempel (PCdoB).
Contra a concessão do subsídio: Pablo Pacheco (PP), Paulo Ricardo Pedroso (PSB) e Roberta Pereira Leitão (PP).
Ausente da sessão extraordinária: Marina Callegaro (PT).
Batendo palmas para eles mesmos porque pegaram dinheiro publico, isto é, oriundo do setor privado e deram para ‘empresarios’ para que os mesmos prestem serviços que o setor publico não tem capacidade de fornecer. Subsidio é, ao menos na teoria, um programa de transferencia de renda. Nada de errado nisto, mas combateu sintomas e não a doença.