Por Pedro Pereira
Já dizia Marco Coelho, head coach do Moon Howlers: “cada lobo faz a força da alcateia!”. Unindo as características do lobo à garra que um atleta precisa ter para competir no alto nível do futebol americano, a equipe de São José dos Pinhais tem o fardo de ser a única representante do Paraná na Conferência Sul da Liga BFA.
Fundado em dezembro de 2016, o Moon Howlers nasceu de uma adversidade na vida do general managere linebacker, Homero Meyer. Na época, se recuperava de uma lesão na coxa direita e tinha bagagem na prática do esporte da bola oval após passagens pelo Paraná HP e Brown Spiders. Com isso, precisou ficar três meses fora dos gramados e decidiu usar esse tempo para divulgar o esporte para mais pessoas, acarretando a formação de um grupo de admiradores que passariam a praticar o futebol americano como um passatempo .
Ao se recuperar, Meyer percebeu que se sentia mais realizado ensinando novas pessoas e difundindo seus conhecimentos do esporte do que propriamente apenas praticando o esporte como faria se representasse outros times. Assim, criou o Moon Howlers e, já em 2017, disputaram o Campeonato Paranaense – com aproximadamente dois meses de existência, poucos equipamentos e em torno de 20 jogadores
Em 2018 e 2019, também competiu no Paranaense e apresentou uma evolução constante. Chegando, inclusive, nas quartas de final da última edição disputada antes da pandemia do novo coronavírus – que obrigou a Federação Paranaense de Futebol Americano a cancelar a edição de 2020. Entretanto, antes do anúncio da paralisação das competições, já havia sido decidido que o Moon Howlers seria encerrado em decorrência de problemas de saúde do fundador do projeto.
“Como o time é uma empresa, e não uma associação esportiva, ele paga as próprias contas. O time que arca com uniformes, viagens, inscrições, e não os atletas. É um trabalho muito grande extracampo para correr atrás de apoios e patrocínios para tudo isso. Então, como eu estava muito mal de saúde, isso comprometia o meu trabalho e a sustentabilidade do time”, contou Meyer.
Ao mesmo tempo, a pandemia chegou ao Brasil e impediu as competições de continuarem. Porém, desde o fim de 2021, houve uma flexibilização das restrições, tornando minimamente suportáveis as práticas presenciais. “Por curiosidade, veio a pandemia, que é uma tragédia e acabou colocando um hiato no esporte. Quando as coisas estavam começando a abrir, alguns atletas começaram a se unir e organizar um abaixo-assinado pedindo pro time voltar. Eu acabei achando curioso que a gente (Moon Howlers) teve esse hiato, mas o esporte também. Como eu já tava bem na época, falei: ‘acho que dá para retomar’. Então, mesmo dois anos parado, a gente acabou não percebendo porque o esporte parou também”, disse o general manager sobre o retorno da marca após o encerramento em 2019.
De qualquer forma, a reestreia do Moon Howlers será apenas na Conferência Sul da BFA, uma vez que não foi inscrita na edição de retorno do torneio paranaense. Sobre a ausência da equipe de São José dos Pinhais, Meyer afirma que “a não participação no Paranaense foi uma escolha, exatamente porque a gente não tinha como planejar financeiramente para esse primeiro semestre com segurança.” Além disso, citou que os atletas talvez não estivessem preparados atleticamente para uma volta às práticas de um esporte com contato tão intenso como o futebol americano.
Sobre as expectativas para a BFA, o fundador do time paranaense acreditar que o retorno não consegue ser nada além de incerto. “O que a gente aprende depois de muito tempo, não só no futebol americano mas em qualquer esporte, é que você só se conhece em campo, quando enfrenta seus adversários e as tuas próprias limitações. Nesse momento, vindo de dois anos de um hiato no esporte, é muito difícil saber quem a gente é e quem são os adversários.”
O primeiro jogo do Moon Howlers na Liga BFA é contra o rival Joinville Gladiators, no dia 18 de junho, no Estádio Moacir Tomelin, em São José dos Pinhais, às 14h.
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