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CONJUNTURA. Professores de Economia e Relações Internacionais e seu manifesto sobre situação do País

Por FRITZ R. NUNES (com imagem de Reprodução), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Um total de 19 professores que integram o departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSM divulgou na tarde desta sexta, 3, um manifesto sobre a situação econômica e social do país. Um dos aspectos abordados no documento é a discussão que tem causado posições acirradas: ficar em casa, em isolamento, ou ir trabalhar para não perder o emprego. Para os docentes, o debate que estabelece uma oposição entre direito à vida (defesa da saúde) e direito ao trabalho (defesa do emprego e da sobrevivência) é uma falsa dicotomia. “O valor ético associado ao ser humano é incomparável ao valor econômico dos bens. Não há uma permuta possível entre esses dois valores”, destaca trecho do manifesto.

Conforme o texto, “a garantia do emprego e do trabalho além de ser a essência da Economia tem necessariamente um caráter ético e político-social. Isso significa que para defender o Direito à Vida temos que defender o Direito ao Trabalho, o que se traduz em políticas públicas para sustentar a sobrevivência das pessoas”.

Na análise dos professores da área de Economia e também de Relações Internacionais, é óbvio que o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) irá ter um “impacto negativo sobre a demanda agregada da economia”. Todavia, analisam, é justamente por isso que o Estado precisa agir, e de uma forma que não seja dentro da racionalidade que rege o setor privado. A chave dessa equação, avaliam eles, é que “a solução passa pela elevação do gasto que não depende da renda (receita) das empresas privadas gerada no âmbito do mercado. O gasto autônomo deve ser financiado por aumento da dívida pública, compra pelo governo de títulos privados ou públicos (injetando liquidez na economia) ou expansão monetária.”

O manifesto segue ainda ponderando que é preciso que sejam implementadas “políticas anticíclicas de cunho keynesiano, fundamentais nesse momento atual”. John Maynard Keynes foi um economista inglês que tinha concepções opostas ao pensamento liberal e advogada a tese de que o Estado é indispensável para o controle da economia.

Nessa linha de raciocínio, os docentes da UFSM sugerem um conjunto de quatro medidas que seriam essenciais a serem tomadas pelo governo federal.

– políticas fiscal e monetária;

– políticas de fortalecimento da capacidade intervenção econômica do setor público;

– política social de renda básica de cidadania para os brasileiros mais pobres;

– políticas públicas de suporte a infraestruturas…”

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2 Comentários

  1. Manifeste além de irrelevante (opinião que vale é a de quem decide e tem poder para implementar a decisão) chegou atrasado. As medidas possíveis já foram tomadas, o resto é mimimi ideológico travestido de manifestação acadêmica.
    Segundo, a OMS já cometeu erros no passado, de boa fé, mas como é composta de humanos não poderia ser diferente. A cloroquina que tanto falam hoje foi instrumento de uma campanha para acabar com a malária no mundo e acabou desenvolvendo a doença resistente ao remédio (algo parecido com o que acontece com os antibióticos hoje em dia). Autoridades que não podem ser questionadas é um problema.
    O que se vê? Decisões politicas tomadas com base no que é noticiado na imprensa com medo da opinião publica. Não tem muita ‘ciencia’ nisto. Não falo do ministro, falo dos outros lugares.
    Senão vejamos, promotor afirma que irão atrás dos prefeitos que não respeitam decreto estadual. Decreto que tem constitucionalidade altamente discutível. Justificativa: existiriam muito mais infectados assintomáticos e um futuro teste confirmaria a afirmação. Trata-se de suposição, tende para o caminho seguro, mas ainda é suposição com as informações disponíveis hoje. Não explica como os assintomáticos milagrosamente não atingem as populações em risco e as UTI’s não lotam.
    Abre-se o jornal e lê-se ‘o que acontecerá quando a doença chegar na periferia?”. Não é ‘quando’, é ‘se’. É um chute. Alás, esta semana já teve até jornalista desacreditando médico em programa de rádio na estação aquela.
    Resumo da ópera: trabalha-se com os dados disponíveis. Projeções são projeções.
    No mais estamos na época do #tamojunto. Depois vem o #farinhapoucameupirãoprimeiro. O argumento ‘trocar vidas por dinheiro’ é, no mínimo, uma falácia. O mundo é muito mais complicado do que isto.

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