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UFSM. Só não se sabe exatamente quanto, mas o preço das refeições no RU deve mesmo aumentar

Valor projetado seria R$ 5,90, mas para carentes da instituição segue R$ 2,50

UFSM inicia discussão sobre reajuste no preço do RU para os estudantes “não carentes” (Foto Ana Alicia Flores Ponteli/Divulgação)

Por Laurent Keller / Da Agência de Notícias da UFSM

A Universidade Federal de Santa Maria iniciou as discussões sobre o aumento dos valores das refeições do Restaurante Universitário (RU) para discentes sem Benefício Socioeconômico (BSE), a partir do segundo semestre de 2022. A mudança é necessária para que a instituição se adéque ao orçamento disponível neste ano para a Federal.

Atualmente, o valor total do almoço no RU campus sede custa R$11,81 para a Universidade. Até então, a Instituição conseguia cobrir quase 80% desse valor, o correspondente a R$9,31. O restante, R$ 2,50, era cobrado dos estudantes, preço mantido pela UFSM desde os anos 1990.

No entanto, em consequência da elevação inflacionária e dos orçamentos destinados às Federais serem cada vez menores nos últimos anos, a UFSM atingiu seu limite e não consegue mais subsidiar o mesmo valor, precisando aumentar o preço, para que acadêmicos sem BSE possam continuar usufruindo do RU. Nesse sentido, a partir de setembro, quando começa o segundo semestre, a proposta é que a Universidade passe a subsidiar 50% das refeições, isto é, R$ 5,90 por almoço, mesmo valor que deverá ser cobrado dos estudantes.

Ao considerar a inflação, o reitor, Luciano Schuch, explica que a Universidade recebeu 13 milhões de reais destinados ao Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que subsidia os custos do RU. Contudo, para manter o preço de R$ 2,50 em 2022, seria necessário um aporte maior de recursos, de, ao menos, 18 milhões de reais.

Como a UFSM não possui “espaço” no orçamento geral para realocar os 5 milhões que faltam para subsidiar o RU, o único meio de manter as refeições para acadêmicos sem BSE alterar o subsídio dado às refeições.

De quem será cobrado?

O novo valor não deve atingir alunos com BSE, que são abarcados prioritariamente pelo PNAES, por isso seguem com a gratuidade das refeições.

A Pró-reitora de Assuntos Estudantis, Gisele Guimarães, expõe que a mudança é voltada para o restante do corpo discente, equivalente a cerca de 60% dos estudantes, em decorrência do descompasso entre os recursos do PNAES e o custo de vida atual: “o valor para 2022 é o mesmo de 2015 com uma defasagem de mais de 100% quando considerado o valor da cesta básica medida pelo DIEESE [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos]”,esclarece Gisele.

Para o restante da comunidade universitária, servidores técnicos-administrativos, docentes, voluntários e visitantes, o aumento já foi definido em junho.

Tramitação do aumento

O Pró-reitor de Planejamento, Rafael Lazzari, comenta que os cálculos para aumentar o preço do RU ainda estão sendo feitos pela Coordenadoria de Planejamento Econômico, para, posteriormente, ser aberto o processo de votação e aprovação da mudança.

Para definir o valor exato do aumento, serão considerados os seguintes fatores: maior custo da cesta básica brasileira e da alimentação; valor do contrato cobrado pela empresa fornecedora da alimentação para a UFSM; e o valor que, hoje, a Universidade tem disponível para subsidiar a alimentação dos alunos que não possuem BSE.

Lazzari reforça que não há, neste momento, nenhuma determinação já estabelecida, existindo, assim, espaço para diálogo e sugestões de alternativas.

O Reitor corrobora com a fala do Pró-reitor: agora isso [aumento do preço do RU] se torna necessário para que as contas fechem no final do ano. […] A gestão da UFSM não encontrou outra alternativa e está aberta a ouvir a ideia dos alunos para essa demanda.”

Após a definição dos cálculos da PROPLAN, a proposta do novo valor deve ser discutida no Conselho de Curadores e, em seguida, votada no Conselho Universitário, para, então, ser posta em prática.

Mobilização estudantil

Na tarde de segunda-feira (18) a gestão da UFSM reuniu-se com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para dialogar sobre a situação. Uma assembleia estudantil foi convocada pelo DCE para o dia 20 de julho, às 17 horas, no hall da União Universitária, com o objetivo de ampliar o debate sobre o assunto.

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