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José Dirceu vive uma semana daquelas, esta que recém começou

Depois da semana em que só se falou em Referendo, a vida volta ao “normal” em Brasília. Isto é, retorna-se às discussões que envolvem as CPIs e, especialmente, às possíveis suspensões de direitos políticos de deputados, especialmente o mais notório deles, o petista José Dirceu.

Há pelo menos duas datas importantes que precisam ser citadas. Fiquemos com a análise de todas as segundas-feiras, feitas pelos cientistas políticos Murilo de Aragão e Cristiano Noronha, da empresa de consultoria política Arko Advice, publicada pelo jornalista Ricardo Noblat em seu site (www.noblat.com.br), e que reproduzo a seguir:

“Semana decisiva para Dirceu
“Nesta semana, dois eventos serão cruciais para o deputado José Dirceu: a votação do parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) no Conselho de Ética da Câmara e do parecer do deputado Darci Coelho (PP-MG) sobre o pedido de arquivamento do processo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
No Conselho de Ética, as chances de Dirceu são muito pequenas. A tendência é que o parecer de Delgado seja aprovado. De acordo com o regimento interno da Casa, uma vez aprovado o parecer, ele poderá ser apreciado dois dias depois pelo Plenário. A expectativa é que a votação em plenário aconteça no dia 9 de novembro.
Entretanto, o pronunciamento do Conselho de Ética não será o mais importante para Dirceu. Ele sabe que suas chances no conselho são mínimas. Sua cartada final está na CCJC.
A CCJC tem 60 membros. Em tese, a oposição (PFL/Prona, PSDB, PDT, PPS e PV) tem 40% e a base aliada 60%. Entretanto, como existem dissidências no PMDB bem como nos demais partidos da Casa, a votação tende a ser equilibrada.
No entanto, pelo fato do julgamento de Dirceu ter grande peso político e pela pressão da opinião pública e da imprensa, o mais provável é que a CCJC decida contra o parecer do deputado Darci Coelho, a despeito do governo ter maioria.
Há, porém, divergências de opiniões sobre a decisão da CCJC. Consultados pela Arko Advice, assessores da Câmara afirmam que a decisão da Comissão é definitiva. Ou seja, uma vez aprovado o parecer do deputado Darci Coelho, o processo contra Dirceu seria automaticamente arquivado e não caberia recurso ao Plenário.
Informações obtidas pela Arko Advice junto à Mesa da Câmara e com o presidente da Comissão, Antonio Carlos Biscaia (PT-SP), divergem das fornecidas pelos assessores. Segundo eles, a decisão da Comissão de Constituição de Justiça e de Cidadania poderia ser questionada pelo plenário por meio de recurso. Defendem que o plenário é a instância máxima da Casa.
Ou seja, o assunto é controverso e dependendo da decisão da comissão, qualquer das partes poderá questionar o resultado final.”

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