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FLAG FOOTBALL. As pioneiras do Chacais RS, de Santa Cruz do Sul, pretendem quebrar um tabu na Copa RS

Estreia será contra as “soldadas” de SM, no torneio que terá cobertura do site

Equipe pioneira no “flag”, o Chacais de Santa Cruz do Sul voltou a treinar apenas em julho deste ano (Foto Diego Ertel/Divulgação)

Por Pedro Pereira

Pioneiras na prática do flag football no Rio Grande do Sul, as jogadoras do Santa Cruz Chacais representam uma das marcas mais tradicionais dos esportes da bola oval no Estado – confira AQUI a história do time. Utilizaram o primeiro semestre do ano para se preparar e, agora, as santa-cruzenses buscam, além de vencer a Copa RS, formar uma equipe constante e competitiva. Lembrando que a competição terá a ampla cobertura deste site.

Embora a primeira formação do time masculino de futebol americano tenha sido criada em 2004, com o nome de Bulldogs, foi apenas em junho de 2016 que o Santa Cruz Chacais lançou a divisão feminina de flag football. De acordo com o presidente e fundador Jeancarlo Weschenfelder, diversas admiradoras do esporte tinham interesse em praticá-lo, porém não sabiam onde começar e, por isso, os Chacais decidiram inovar.

“Nossa principal intenção sempre foi fazer do Chacais um espaço para todos. Na época, havia várias meninas da cidade interessadas pelo esporte, mas sem ter uma maneira de praticá-lo. Foi em uma época em que o Flag estava crescendo bastante no Brasil, mas aqui no RS não havia nenhuma equipe. Então, formamos a primeira e estamos aí até hoje”, contou Weschenfelder.

Apesar de fazerem parte do processo de popularização do flag no Estado desde os primórdios, as jogadoras do Chacais “bateram na trave” nas três finais que jogaram – as Copas RS de 2017 e 2018 e o Campeonato Gaúcho de 2018. Em 2019, começaram a temporada com a terceira colocação do Gauchão, no entanto, no segundo semestre, perderam todas as partidas que disputaram na última competição pré-pandemia – a Copa RS daquele ano.

Com a flexibilização de medidas contra a Covid-19, tanto a modalidade full pads do futebol americano (que os jogadores utilizam os equipamentos de proteção) quanto o flag football, tiveram novas edições dos torneios estaduais e nacionais suspensos durante 2020 e 2021. Entretanto, a equipe de Santa Cruz do Sul preferiu não participar do Campeonato Gaúcho de 2022, que aconteceu em março e maio, e retomou os treinos em julho.

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O head coach dos elencos do Chacais, Marcos Martins, explica que o projeto feminino precisava passar por uma reformulação após o cenário pandêmico, uma vez que poucas gurias haviam permanecido no time. “A gente optou por não participar [do Gauchão] para poder, de fato, reestruturar tudo e fazer um campeonato completo, sem precisar sofrer com falta de jogadoras”, disse o membro da comissão técnica.

Independentemente de não terem disputado o primeiro campeonato da temporada, Martins não considera que a equipe ficou “parada no tempo” ainda que apenas cinco atletas que já estavam nos Chacais antes do início da pandemia tenham continuado. “Eu não diria que a gente tá atrás. Somos um time mais novo na questão de ter mais novatas, mas temos bastante talento bruto para lapidar,” afirmou o técnico.

Tendo como referência de constância o time masculino dos Soldiers, Martins conta que ter “batido na trave” em outras oportunidades não pesa na disputa da competição, pois “não vale a gente ganhar hoje e amanhã não conseguir ter essa constância”. Da mesma forma, entende que a hora da equipe de Santa Cruz do Sul ser campeã vai chegar.

Irla Oliveira é uma das veteranas dos Chacais que vão disputar a Copa RS, no próximo final de semana (Foto Diego Ertel/Divulgação)

Além das santa-cruzenses, equipes tradicionais como o Desterro Atlantis – de Florianópolis, Santa Catarina -, o Carlos Barbosa Ximangos e o Santa Maria Soldiers também disputam a Copa RS que acontece no próximo final de semana, em Júlio de Castilhos. Para Martins, estas equipes, nesta ordem, são as que os Chacais mais esperam enfrentar e consideram fortes. Ainda conta que “a rivalidade Chacais e Soldiers sempre existiu. É uma coisa muito saudável e ter isso em todas as categorias (tanto full pads quanto flag feminino) é algo muito bom. Fico feliz de enfrentá-los”.

Por ser inclusiva em várias esferas da sociedade, o desenvolvimento da modalidade no RS é um dos objetivos do presidente da equipe, em sua gestão. “Eu, particularmente, vejo o flag football como o esporte perfeito pra união da comunidade. Então, investir nele é um dos meus focos, tanto que estamos criando a divisão masculina também, e, no início do ano que vem, pretendo iniciar categorias de base”, declarou o fundador.

Quarterback dos Chacais, MVP (jogadora mais valiosa, em tradução literal) da grande final do Gauchão de 2018 e grande líder do elenco, Irla Oliveira fala sobre a alegria em praticar o esporte “para todos” e também reitera o orgulho que sente em fazer parte da comunidade de flag. “Me sinto muito feliz em ter tido a oportunidade de conhecer o Flag, treinar e disputar campeonatos representando o Chacais. O espírito de equipe me fez uma pessoa mais forte e determinada. É um esporte inclusivo, ou seja, pra todas nós. Me sinto lisonjeada também, porque o flag nos faz forte e força faz parte das mulheres”, relatou a jogadora.

Os Chacais abrem o torneio de Júlio de Castilhos, no sábado (10), às 8h30min, contra os Soldiers. Todas as partidas acontecem no Estádio Municipal Miguel Waihrich Filho, e serão transmitidas no canal oficial da FGFA, no YOUTUBE. Para conferir o guia completo do torneio, basta clicar AQUI.

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