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TRABALHO. Remuneração dos servidores públicos caiu mais de 8% após a pandemia, aponta o IBGE

Empregados privados, em menor nível, também tiveram queda uma salarial

Funcionalismo público em mobilização da campanha salarial em Brasília, neste ano (Foto Divulgação/Andes – Sindicato Nacional)

Por Bruna Homrich (*) / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

No trimestre de maio a julho de 2019, a renda média mensal das e dos trabalhadores do setor público era estimada em R$ 4.468 (segundo os valores de hoje). Já no mesmo trimestre do ano de 2022, tal valor baixou para R$ 4.086. Os dados, que levam em conta a inflação acumulada do período, indicam uma queda de 8,5% nos salários de empregados(as) do setor público, atestando um impacto negativo da pandemia nas remunerações.

Enquanto isso, a renda média das e dos empregados do setor privado (exceto as e os trabalhadores domésticos) apresentou um recuo de 2,9%, se comparados os mesmos trimestres citados anteriormente. Assim, as remunerações recuaram de R$ 2.421 para R$ 2.350.

No que tange às e aos empregados domésticos, a contração salarial, no mesmo período, foi de 5,1%, com os salários encolhendo de R$ 1.106 para R$ 1.050.

Os dados acima advêm da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), produzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e consideram apenas os recursos obtidos com o trabalho, excetuando fontes como o recebimento de benefícios sociais.

Funcionalismo público em campanha

Desde o início de 2022, servidoras e servidores públicos, aglutinados em torno do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), organizam-se em uma campanha que reivindica reposição salarial a todas as categorias do serviço público. Durante os três anos de governo Bolsonaro, os salários, além de corroídos pela inflação, não conheceram qualquer tipo de aumento. E, ainda assim, o Executivo silenciou em todas as tentativas de negociação propostas pelos servidores.

Não tendo conseguido garantir reajuste este ano, as categorias já vêm pressionando o governo para que inclua orçamento destinado à reposição salarial do funcionalismo público na Lei Orçamentária Anual de 2023.

Comumente representantes do governo federal – a exemplo do ministro da Economia, Paulo Guedes – referem-se às e aos servidores públicos como privilegiados e detentores de altos salários. Ocorre que a informação não é correta, visto que, embora haja uma grande disparidade remuneratória entre algumas categorias do funcionalismo, a maioria desses trabalhadores recebe salários defasados e amargam contextos extenuantes e sobrecarregados de trabalho. Conforme a Folha de S.Paulo, cerca de 1 milhão de servidores estão com salários congelados desde 2017.

“O grosso da folha de pagamento é preenchido por servidores de áreas como saúde e educação, longe de serem privilegiados”, observa Almeida, do Ibmec-RJ.

Segundo nota técnica divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em agosto de 2021, dos aproximadamente 11,5 milhões de vínculos de trabalho no funcionalismo público do Brasil, em 2018, um quarto recebia até R$ 1.566, sendo que a metade ganhava até R$ 2.727.

Cabe ainda ressalvar que a pesquisa empreendida pelo IBGE dividiu os trabalhadores do setor público em três fatias: militares e estatutários, empregados com carteira assinada e empregados sem carteira. 

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

(*) Com informações de Wagner Advogados Associados e jornal Folha de S.Paulo

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Um Comentário

  1. Conversa mole para boi dormir. Inflação é diferente para todos. Mas se um monte de gente se aposenta no funcionalismo publico (gente com salarios mais altos) a pesquisa apontaria isto mesmo. Quanto a segunda parte outra lorota. Professor universitario com doutorado, por exemplo. Salario é perto de 4500. Mas daí tem outros 4500 pela titulação. Dai tem mais a dedicação exclusiva. Se os docentes daqui são assim, imagine na Jamaica, já dizia Casseta e Planeta.

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