De onde menos se espera… – por Giuseppe Riesgo
O articulista, o Barão do Itararé e os primeiros passos da gestão de Lula
Eu não esperava nada do Governo Lula. Creio que, no sentido político, isso não seja propriamente uma surpresa. Afinal, o que o PT pensa, na prática, eu penso o contrário. Eu diria que temos uma relação conturbada desde a concepção político-ideológica.
O receituário petista preza pelo coletivismo social, político e econômico. Uma derivação de Marx com toques do patrimonialismo luso-brasileiro. Logo, depõe contra a vida, a propriedade e as liberdades individuais. Preceitos fundamentais que julgo imprescindíveis para a prosperidade das mais diferentes nações.
Se tais afirmações soam abstratas, basta um olhar para os primeiros movimentos de Lula para tudo ficar mais nítido. Na Fazenda, com a indicação de Fernando Haddad, temos os primeiros passos em prol da fatídica agenda desenvolvimentista. Ou seja, uma combinação de expansionismo fiscal e monetário se avizinha.
As bases econômicas que respaldam tal movimento podem ser consultadas pela defesa irrestrita dessa agenda pelos economistas do PT e pelo próprio histórico do partido: basta recordarmos da Nova Matriz Econômica gestada no segundo Governo Lula e aprofundada na gestão de Dilma Rousseff.
O resultado é conhecido por todos e já ocupa os livros de história econômica do Brasil. Uma depressão de -7,2% do PIB em dois anos, um desemprego recorde e a volta da inflação acima dos dois dígitos. Tudo isso num contexto de crescimento econômico e desenvolvimento mundo afora. Consequências trágicas, que vêm com o selo e o DNA desenvolvimentista do PT.
No entanto, como nada é tão ruim que não possa piorar, de quebra, Lula resolveu indicar Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES. A julgar pela formação e atuação acadêmica do indicado – mas também pelo seu histórico -, teremos um aprofundamento do desenvolvimentismo também no mercado de crédito.
É a volta da escolha de setores estratégicos e dos campeões nacionais. Empresas ricas e com farto acesso ao crédito internacional, mas que por serem bem conectadas ao rei (leia-se: Lula) recebem subsídio creditício para investirem aqui.
Uma assimetria de mercado que gera lobby, fisiologismo político, corrupção (lembram da lava jato?), isolamento produtivo e prejudica a inovação -, além de transferir renda dos mais pobres para os mais ricos em uma completa inversão sobre o papel do Estado nas políticas públicas do país.
E, assim, a fórmula do fracasso começa a se desenhar. O desenvolvimentismo que já se apresentou desastroso para geração de oportunidades e renda, nos atormenta novamente. O resultado é conhecido: aumento dos juros, da inflação e, consequentemente, da desigualdade. Se Lula seguir por esse caminho seguiremos afundados no atoleiro do subdesenvolvimento e no miasma do seu estatismo. É como dizia Barão de Itararé: “de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”.
(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.
Curva demografica da uns 20 anos para o Brasil colocar a casa em ordem. Devemos perder uma decada com este governo. ‘Os donos do poder’ de Faoro não virou curiosidade historica e não mostra indicios de querer virar. Logo só nos resta puxar a carroça, trabalhar para pagar a conta. Do jeito que esta a coisa é melhor ir atras da cenoura que esta na frente, caso contrario ela pode virar supositorio. E sem um pio, Xandão não quer ouvir um pio.
Reforma tributaria no Brasil é complicada, não há duvida sobre quem vai pagar, a duvida é como o bolo seria dividido. Ninguém quer perder. Ninguem quer discutir os proprios subsidios. OAB não quer perder o Supersimples, por exemplo. Logo o mote da reforma tributaria dos petistas é só um, ninguem perde nada, todos ganham mais, vamos meter um aumento na carga tributaria na madrugada, na surdina, como a emenda Mercadante na Lei das Estatais.
Clientelismo e grupos de interesse não faltarão em BSB. Se existirao campeões nacionais de novo não se sabe. Agora cai a ficha de muitos que se acham muito ‘inteligentes’. Elena Landau, que fez o L., diz que está muito pessimista. Arminio Fraga ‘Votei no Molusco com L,, o honesto,, mas estou com medo’. Maior o risco, maior os juros. Desfavoravel o cambio, maior inflação, mais juros. Não é questão do Barão do Itararé, sairão coisas, mas nada de bom.
Formação e atuação de Mercadante é uma ficção. Nenhuma seriedade nestes dois quesitos. Quando defendeu a tese de doutorado (um programa economico encadernado do governo Dilma, a humilde e capaz) na Unicamp a tese foi aprovada e a banca, coisa inédita, aplaudiu o examinado de pé.
Outra ‘narrativa’, a ‘função social da empresa’. Ordem economica art. 170, ‘ditames da justiça social’, propriedade privada, função social da propriedade, empresa é propriedade privada logo tem função social. Nenhuma, coisa que não entra na cabeça da tropa de burros, diminui a margem de lucro para ‘cumprir função social’. Vai tudo para o custo e o cliente sofre tributação indireta. Simples assim. Sem historias juridicas da Carochinha.
Vermelhos falam na balela da divida ser alegria dos bancos. Basta ver os dados. Instituições financeiras têm 30% do estoque. Pessoas não podem negociar, precisam da corretagem das instituições. Ou seja, tem muito servidor publico ganhando com a divida publica (ricos majoritariamente não investem no Brasil, muito arriscado). 23% da divida estão com fundos de investimento, ou seja, fundos de previdencia privada na maior parte. Fundos de pensão tem 23% (dinheiro das aposentadorias das empresas estatais tem que sair de algum lugar). 9% está com estrangeiros. O resto esta pulverizado. Pelo jeito o SUS fica com os mesmos 5% do orçamento dos corruptos. Resumo desta opera é que basta olhar os dados reais e as ‘narrativas’ caem por terra.
Segundo, da mesma maneira que as lampadas queimadas da iluminação publica as pessoas não querem se dar o trabalho de utilizar os canais normais (tipo site da prefeitura). Ranço de radialistas velhos. Querem que alguém reclame num microfone ou num artigo de jornal e quem tiver que se coçar que se mexa. Com quem acham que estão falando? Toda vez que reclamei para a Anatel tive meus pleitos resolvidos. Rapido. Alas, são como crianças, qualquer contrariedade é uma ofensa pessoal. Falam de um advogado famoso que ligou para o comercial de uma empresa avisando que iria processar. Pessoal do comercial deve ter dado boas risadas. Como diria Didi Mocó ‘Que meda!’.
Por parte como não diria Jack porque era estripador e não esquartejador. Primeiro a ultima ‘controversia’ fabricada na aldeia. Depois que o governo estadual fez os estudos para duplicação da RS-287 publicou o edital e a minuta do contrato junto. Um monte de gente está ‘adivinhando’ o que deve estar no contrato e colocando tudo na conta da empresa. Que só assumiu para resolver um problema que a EGR petista não resolveu, virou só um cabide de empregos. Alas, segundo o pensamento da aldeia a duplicação daqui até a Tabai deveria ficar pronta entre a uma da manha e as cinco da mesma manha de uma segunda feira qualquer. E não haveria praças de pedagio, haveria um quiosque para recolher contribuições voluntarias.
então o Sr Riesgo quer o dindin apenas para os bancos? coisa que ocorreu no orçamento do ano que passou, onde os bancos ficaram com 50% da fatia do bolo e o SUS por exemplo, apenas 5%