Civilidade entre Brasil e China – por Michael Almeida Di Giacomo
As muitas semelhanças entre dois parceiros comerciais importantes no Planeta
A diplomacia brasileira, após o período obscurantista do governo Bolsonaro, que durante o período mais duro da pandemia da Covid-19 agredia o povo chinês ao disseminar Fake News afirmando que “tudo não passava de uma guerra biológica chinesa”, volta a ter uma relação civilizada com o gigante asiático.
Brasil e China, há cindo décadas mantém uma forte relação diplomática com interesses econômicos em comum, a consolidar uma ampla pauta bilateral, no encontro do desenvolvimento social das nações. É o que se constata a partir dos acordos que estavam alinhados para serem assinados durante a missão da comitiva brasileira em solo chinês.
Contudo, é de constar que sem a presença do presidente Lula, a agenda política perde força e certamente a necessidade de ser marcada uma nova data, breve, irá demonstrar a importância do país.
No século XXI, a China, além do protagonismo na área econômica, busca liderar ações diplomáticas como mediador na discussão entre nações que estão sob situação de conflito social ou guerra, como no caso da Rússia e Ucrânia. Um exemplo é que o presidente chinês Xi Jinping, em visita à Rússia, ouviu de Putin que as propostas da China podem ser usadas como base para um acordo de paz.
Outro dos temas possíveis de serem relacionados pela comitiva brasileira trata sobre o combate à fome e combate à pobreza extrema dos povos do sul global.
Ambos os países já tiveram realizações exitosas na matéria, sob experiências diferentes, com medidas concretas, como no caso do Brasil que havia erradicado a fome do seu mapa.
A China, por sua vez, em 2020 garantiu a eliminação da pobreza extrema, tendo como instrumento a transferência de renda, investimento em vocações das famílias e das regiões em que se encontram – com atenção no ensino e na implantação de infraestrutura a permitir trabalho e renda aos cidadãos.
A política chinesa de erradicação da pobreza converge ações conjuntas entre o governo, a sociedade civil e o mercado. As estratégias respeitam as diferenças regionais ao propor medidas de alcance do desenvolvimento industrial, realocação da população de áreas vulneráveis, vocação laboral e seguridade social.
É um modelo bem-sucedido do principal parceiro comercial do Brasil, que em dados de 2022, foi responsável pela compra de 70 % da soja e 63% de todo o minério de ferro exportado pelo nosso país.
Todo esse contexto econômico só corrobora com a máxima de que a civilidade entre os governantes deve ser tida como a principal commodity a ser lapidada nas relações bilaterais.
(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Cavalão era dado a falar m. Mas os chineses não são burros, reclamações eram para ingles ver. China apoia a Russia, grande maioria sabe disto. Não vai querer o caos ou um governo pró-ianque do lado. Brasil idem, percepção lá fora é que estamos apoiando Putin. E não faz diferença, se o Cavalão tivesse ganho seria a mesmissima coisa. Hoje é a Russia, amanha a Amazonia. Há rumores de que os ianques teriam uma base a disposição no Paraguai. E tem uso de 7 bases na Colombia, algumas navais. O resto é mimimi. Quanto a ‘civilidade’ não há como esquecer os campos de reeducação com um milhão de uigures internados no oeste da China. Grupo étnico turco, muçulmanos. Alás, nos EUA falam abertamente em uma futura guerra com a China.