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O ‘Prompt Engineering’ e o novo mundo – por Marcelo Arigony

“Querer barrar essas novas ferramentas seria como tapar o sol com a peneira”

Você sabe o que é prompt engineering? Acho que você vai ter que conhecer e trabalhar com isso. A partir das inteligências artificiais que estão sendo colocadas à nossa disposição, a engenharia de prompt vai fazer parte do nosso cotidiano, e talvez passe a ser o diferencial para nossas atividades profissionais, e mesmo na vida pessoal.

No incrível mundo novo que está nascendo nessa última virada tecnológica, ao correr dos dedos na tela do celular todos temos acesso a qualquer tipo de conteúdo. E até tenho pensado que isso nos faz crescer bastante em igualdade de oportunidades.

Quando eu era estudante de Direito, na década de 1990, havia dificuldade para acesso a informações básicas, necessárias para desenvolver os conteúdos. Para conseguir uma revista de jurisprudência atualizada era muito caro. Isso também ocorria nas outras áreas científicas, e até mesmo quanto a informações necessárias para o dia a dia.

Hoje conseguimos pesquisar rápida e gratuitamente junto ao Google, Bing, Facebook, chat GPT e diversos outros meios virtuais. Nesse passo, as inteligências artificiais estão crescendo e se consolidando, não só como ferramentas de pesquisa, mas também como meios para facilitar o trabalho e outras atividades da vida das pessoas.

Hoje, quando um professor propõe um exercício em aula, precisa ter em mente que o aluno pode pedir facilmente à inteligência artificial que responda a tarefa proposta. Depois é só fazer um copia e cola. Num primeiro momento surge a preocupação com questões éticas, plágio, e a busca de instrumentos para barrar essas práticas que nos parecem espúrias.

Mas se analisarmos a fundo, querer barrar essas novas ferramentas seria como tapar o sol com a peneira, ou colocar portas no campo. O MercadoLivre, o Uber, o AirBNB e diversos outros aplicativos redefiniram o paradigma de consumo em várias áreas, gerando um novo tipo de mercado em rede, não obstante algumas vãs tentativas de impedi-los.

Da mesma forma, as inteligências artificiais vêm para ficar. Vão quebrar e reconstruir o paradigma da vida de relação, e varrer o mercado de trabalho. Algumas profissões vão desaparecer em poucos anos, substituídas quase que totalmente pelo trabalho rápido e barato desses novos protocolos.

O horizonte que passamos a ter com as possibilidades oriundas dessas novas tecnologias é alvissareiro, mas também muito preocupante com relação aos riscos que terão de ser suportados por essa geração, entre eles os desafios no mercado de trabalho.

Tanto que alguns nativos digitais vêm falando na necessidade de criar-se uma renda mínima universal. Acreditam que logo haverá grande concentração de renda na mão de quem domina esses novos protocolos. E grande parte do trabalho hoje executado por humanos deixará de existir, gerando massivo desemprego.

Pense nisso. Pense no que você está fazendo agora. Conecte-se com novos protocolos tecnológicos. Comece a mexer com essas coisas. Veja se o que você faz terá lugar no futuro próximo. Uma grande revolução está batendo à nossa porta.

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E o Prompt Engineering? Tinha até esquecido. Esse vou deixar a própria inteligência artificial responder:

O Prompt Engineering é uma técnica utilizada para guiar modelos de linguagem como o GPT a gerar respostas mais específicas e relevantes para determinados tipos de perguntas. Para utilizar o Prompt Engineering, você pode seguir os seguintes passos:

Defina claramente o tipo de pergunta que você deseja fazer e os possíveis tipos de resposta que você espera receber.

Escreva um prompt (ou uma série de prompts) que ajude o modelo a entender o contexto e a direção que a conversa deve seguir.

Inclua na sua pergunta uma parte do prompt que ajude o modelo a entender qual tipo de resposta você está esperando. Por exemplo, se você está pedindo uma resposta que inclua uma definição, inclua uma frase como “Por favor, defina”.

Se a resposta gerada pelo modelo não for adequada, tente ajustar o prompt para fornecer mais informações ou mais direcionamentos.

Continue iterando e ajustando o prompt até que você esteja satisfeito com as respostas geradas pelo modelo.

Lembre-se de que o Prompt Engineering é uma técnica que pode levar tempo e esforço para ser aperfeiçoada, mas pode ser extremamente útil para melhorar a qualidade das respostas do modelo.

(*) Marcelo Mendes Arigony é titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) em Santa Maria, professor de Direito Penal na Ulbra/SM e Doutor em Administração pela UFSM. Ele escreve no site às quartas-feiras.

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6 Comentários

  1. Em tempo, parece que já saiu o GPT4 e está melhor em matematica. Bueno, a AI, comparando com uma prova de atletismo, colocou o sarrafo la em cima. Pessoal de humanas da academia vai ter que suar a camiseta. É só imaginar os componentes de uma banca colocando a dissertação/tese do candidato para a AI julgar. ‘Faltou isto, isto e aquilo, tal coisa está errada’. Mediocres e abaixo serão substituidos fácil. Inclusive uma inteligencia artificial já ganhou premio de concurso artistico. Gente que se supõe ser muito ‘criativa’ ficou para tras. A sala de aula, é bom chutar, deve se alterar. Cada aluno(a) num terminal recebendo uma aula customizada, explorando as vantagens e dificuldades individuais. O professor(a) se tornaria um(a) supervisor(a) de aprendizagem. O(a) artista principal mudaria e alteraria-se a dinamica de poder dentro da sala de aula.

  2. Quanto a engenharia de prompt pode ser que não decole. Implementam a possibilidade da maquina fazer perguntas de volta para quem acessa e se foi o chute. Alas, há que se ter cuidado com os ‘especialistas’. Noutro dia vi um esperto em ‘inovação’. Formação em publicidade e marketing. Esta inovando em tirar grana dos trouxas, só informação de terceira mão. Também outra criatura falando de IA. Engenheira Civil com mestrado e doutorado em artes. Utilizou um Midjourney da vida em trabalhos academicos.

  3. Hype é normal. Mas chutar o futuro é perigoso. Carros autodirigidos (o famoso nivel 5) é um exemplo. Problemas surgiram. Principal é o ser humano. Dirigir exige iterações sociais complexas. Os manés não respeitam as regras. Tem empresa que transformou areas afastadas em ambientes urbanos e paga gente para circular e fazer besteira. Para testar a maquina. Segurança (entre outras coisas) torna a implantação proibitiva.

  4. O que leva ainda a nomenclatura das facções na Bahia. Bonde do Maluco (ou Tudo 3). Tropa do A. (aka, Tudo 5, aka Ordem e Progresso). Comissão da Paz, depois de se unir ao Comando Vermelho se tornou Comando da Paz. Alas, Comando Vermelho está se infiltrando no interior de SP. Vai ter preso jogando bola com cabeça e agente penitenciario montando lego de cadaver, não vai longe.

  5. ‘O sujeito da boca de fumo é preso e a esposa assume e depois os filhos’. Obvio que não. Nem todos que cuidam de bocas de fumo são casados. Nem todo lugar é passivel de ser cuidado por uma mulher, há disputa de territorio. Talvez por isto o numero de mulheres presas seja inferior aos homens. Alas, estatuto do PCC ‘Contribuição daqueles que estão em liberdade, com os irmãos dentro da prisão, através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate’. Alas, Sindicato do Crime é dissidencia do PCC (dizem). Alas, o ‘salve geral’ de 2006 em SP já serve de modelo para muita coisa; dizem (mas linguas) que acabou porque o governador (acho que era o Lembo) negociou.

  6. Por partes como diria Jack (que era estripador e não esquartejador; ate isto avacalham no Brasil). Santa Maria está muito longe de ser uma cidade tipica tupiniquim. Obviamente há diferenças. Em muitos lugares do pais, deixando as generalizações tristes de lado, o preso que não está ligado a nenhuma facção vai para o seguro. Junto com ex-policiais, estrupadores e outros (não quer dizer que não vão ser extorquidos ou ter uma familiar estuprada). Sim, porque, por exemplo, o detento que voltar de uma saidinha (dia das mães, Natal, etc.) e pertencer a uma facção corre o risco de ser condenado à morte. Vamos combinar, crime organizado é atividade capitalista. Se existe fila para entrar no crime fora da prisão (onde acontece o fluxo de caixa) não é no presidio/penitenciaria que existem vagas a vontade. Nem o tráfico tem um estoque interminavel de dinheiro.

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