Por Maiquel Rosauro
Em uma votação surpreendente, que terminou empatada com 10 votos favoráveis e 10 votos contrários, o Poder Legislativo de Santa Maria reprovou projeto do vereador Tony Oliveira (Podemos) que obriga a divulgação das escalas de médicos em unidades de saúde. O pleito, realizado na sessão desta terça-feira (18), foi decidido com o voto de minerva do presidente Givago Ribeiro (PSDB).
Os nove parlamentares da base do governo de Jorge Pozzobom (PSDB) e a vereadora Maria Rita Py Dutra (PCdoB) garantiram os 10 votos contrários. Entre os votos a favor, sete vieram da oposição e três da bancada do PT. A vereadora Anita Costa Beber (PP), da oposição, estava ausente da sessão com atestado médico.
O projeto tramita na Casa há dois anos. Na defesa da proposta, Tony disse que seu objetivo era dar visibilidade para algo que já existe, a escala médica.
“Atualmente há uma dificuldade em saber quem está de plantão. Essa é a dificuldade.
Vai ser bom para a comunidade que vai saber quem está atendendo”, disse Tony.
O vereador Admar Pozzobom (PSDB) fez a defesa contrária, destacando que uma unidade de emergência não serve para o profissional ter exposição. Em seu ponto de vista, a população acabaria escolhendo com qual médico faria o atendimento.
“Não é algo que traz um diferencial para a população saber quem está na escala. O que não podemos ter é escolha de profissionais”, disse o tucano.
Na sequência da discussão, Tubias Callil (MDB) e Valdir Oliveira (PT) afirmaram que nenhum paciente chega a um pronto atendimento e escolhe o médico, buscando apenas o atendimento. A vereadora Helen Cabral (PT) defendeu que o projeto colabora na efetiva fiscalização da jornada de trabalho.
“Se na placa diz que o médico tem que estar das 14h às 18h, ele tem que estar (atendendo) das 14h às 18h. Não pode ele chegar, atender dez fichas e ir para casa ou ir para um atendimento de um convênio ou particular”, disse a petista.
A votação ocorreu de forma nominal, com cada parlamentar comunicando seu voto ao microfone. Com o empate, Givago que já havia votado contra o projeto manifestou-se, no voto de minerva, novamente de forma contrária.
Na sequência da sessão, os vereadores derrotados usaram a tribuna para reclamar de seus colegas que votaram contra à iniciativa. Tony, visivelmente emocionado, disse que estava decepcionado, mas que seguiria fiscalizando o atendimento dos médicos nas unidades de saúde.
Um dos mais incisivos, como de costume, foi Tubias.
“É inacreditável um vereador que se diz do povo, que mora em vila, que mora em bairro, se trocar por dois, três cargos (na Prefeitura). Foi isso que aconteceu aqui. O descompromisso com o povo e o compromisso com o bolso. E aquele que serviu o chapéu que venha aqui e me rebata”, disse o emedebista.
Ninguém rebateu.
Como cada vereador votou ao projeto:
Adelar Vargas Bolinha (MDB) – Não
Admar Pozzobom (PSDB) – Não
Alexandre Vargas (Republicanos) – Não
Anita Costa Beber (PP) – Ausente com atestado médico
Danclar Rossato (PSB) – Sim
Getúlio de Vargas (Republicanos) – Não
Helen Cabral (PT) – Sim
João Ricardo Vargas (PP) – Sim
Juliano Soares – Juba (PSDB) – Não
Luci Duartes – Tia da Moto (PDT) – Não
Manoel Badke – Maneco (UB) – Não
Marina Callegaro (PT) – Sim
Pablo Pacheco (PP) – Sim
Paulo Ricardo Pedroso (PSB) – Sim
Roberta Pereira Leitão (PP) – Sim
Rudinei Rodrigues – Rudys (MDB) – Não
Tony Oliveira (Podemos) – Sim
Tubias Callil (MDB) – Sim
Valdir Oliveira (PT) – Sim
Maria Rita Py Dutra (PCdoB) – Não
Givago Ribeiro (PSDB) – Não
Voto de minerva de Givago Ribeiro (PSDB) – Não
Canetaço não funciona. Ainda mais de edis. Governo resolveu taxar as Shopee da vida. Canetaço. Usou a desqualificação usual (são cognitivamente limitados, obvio). Acertaram num monte de lojinhas. Galpões na logistica começaram a fechar. Problemas da ideologia, não interessa o mundo real, a ideologia já tem resposta para todos os problemas passados e futuros.