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A ditadura alexandrina – por Giuseppe Riesgo

“O ditador e dono da verdade já controla o que pode ou não pode ser dito“

Escrevi, neste espaço, mais de uma vez sobre censura. Hoje, infelizmente, preciso repetir o tema. Em mais um episódio que reforça uma triste realidade, presenciamos outra vez a censura. Novamente o youtuber Bruno Aiub, conhecido por “Monark” foi alvo das medidas de censura impostas por Alexandre de Moraes, reforçando o preocupante controle de opinião que já ocorre há bastante tempo.

Alexandre de Moraes determinou que o youtuber se abstenha de fazer “publicação, promoção, replicação e compartilhamento das notícias fraudulentas (fake news)”, estabelecendo uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Além disso, o ministro ordenou que as empresas Discord, Meta, Rumble, Telegram e Twitter bloqueiem os canais, perfis e contas relacionadas ao youtuber Monark, estipulando uma multa diária de R$ 100 mil caso não cumpram a determinação no prazo estabelecido, que foi de apenas duas horas.

A acusação? Claro, divulgar “fakenews”. Como já disse anteriormente, nem mesmo foi necessária a aprovação do projeto da censura, do ministério da verdade e do controle de informação. Alexandre de Moraes, o ditador e dono da verdade, já controla o que pode ou não pode ser dito em nosso país. É o grande irmão, o admirável, magnífico, portentoso, magnificente ministro que irá determinar o que pode ou não pode ser dito na internet por nós, parcos cidadãos.

Não é exagero dizer que a liberdade de expressão, um dos pilares fundamentais de uma democracia saudável, acabou. Reitero, estamos caminhando por um terreno perigoso, onde a censura se torna uma parte cotidiana da vida, sufocando o debate democrático e minando a diversidade de opiniões. Amaciando nossa resistência e nos tornando obedientes frente o medo imposto pelos poderosos

Como membros conscientes da sociedade, é necessário unir forças e exigir que nossas vozes sejam ouvidas, independentemente de concordarmos ou não com determinadas opiniões. A liberdade de expressão é o alicerce de uma democracia saudável, e chegou o momento de reafirmar seu valor e sua importância para o progresso e a construção de um futuro mais justo e inclusivo.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Atualmente ocupa a Chefia de Gabinete do Deputado Federal Marcel van Hattem. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

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8 Comentários

  1. Dois pontos. Vermelho quando quer citar liberais lembra de Adam Smith. Século XVIII. Obvio que a historia do pensamento economico não parou la. Liberais atualmente trabalham com a escola austriaca, Hayek, Mises. Alas, canal do Fernando Ulrich é bom. Alas, eleições municipais não tem a ver com ideologia. Ao menos não deveria ter. Questões são os postos de saúde, as escolas, os buracos na rua, a falta de leitos, as filas para procedimentos, etc.

  2. ‘[…]membros conscientes da sociedade’ Que ‘sociedade’ cara-palida? Trata-se de um conceito abstrato muito utilizado em discursos tosa de porco. Que ‘democracia’? Idem. Nesta hora algum imbecil fala na volta do OSPB no ensino médio. Futuro não sera justo e será cada vez mais exclusivo. Pessoal de BSB que o diga.

  3. Youtube, Rumble. Anarco capitalistas que são Ucrania desde pequenininhos quando se trata da guerra. Ex-militares pedetistas/desenvolvimentistas/nacionalistas e lobistas da industria de defesa (sim, existem). Monark provocava Xandão programa sim, programa não. Monark falava (no Rumble ainda fala) m. pelos cotovelos. Teorias da conspiração mil, muita coisa sem base. O que chama atenção é um ‘ministro’ utilizar da caneta para calar a insignificancia. Agora a insignificancia virou martir para alguns. Unica conclusão possivel é que a ignorancia venceu.

  4. Quando Big Alex foi indicado os vermelhos criticaram. ‘So escreveu um manual’. Agora aplaudem. Não é o unico, MP dos Ministerios estava dificil na Camara. Toffoli desencavou uma ação de corrupção do presidente da Casa. MP é aprovada, ação é julgada e o presidente da casa teve o rabo solto. Timing no minimo estranho.

  5. Membros do STF são alvos de muitas acusações. Não ha indicios de qualquer coisa errada, mas se a plebe não sabe há quem saiba da realidade dos fatos. Dizem que o Secretario Geral da ONU, na epoca que o cargo tinha importancia, era grampeado/monitorado por todos os membros fixos do Conselho de Segurança. Alguns absurdos juridicos saltam aos olhos. Algumas atitudes enquadram-se melhor nas atribuições de Senadores. Algumas brigas dão o que pensar.

  6. Discussão do ‘meio termo’ também se perde. Vide caso Deltan Dallagnol. Tempos de antanho um processo como aquele levaria uns tres anos (como muitos outros de pessoas com acusações piores) e a conclusão do tribunal muitas vezes era: ‘vamos prestigiar o voto do eleitorado’. Dava em nada. Duração do processo depois do Molusco com L., o honesto, deixou de ser argumento. Condenação foi com base em duas suposições, que o sujeito saltou fora para evitar a instauração de processo administrativo e as sindicancias poderiam se tornar processos administrativos. Resumo é que a decisão poderia ser tanto para um lado quanto para o outro. Deu no que deu, mas os bastidores poucos saberão.

  7. BSB é um lugar isolado. Não se sabe 1% do que la acontece. Principalmente nos almoços e jantares (Kakay o lobista juridico foi dono de restaurante por decadas). O que leva a discussão das diferenças entre visão interna e visão externa. Parente da discussão da diferença entre a visão da cupula e a visão da base (a patuléia).

  8. Em tempo. No campo das fake news. ‘Cuidado com os presidiarios porque podem sair piores de la quando tiverem que voltar para a sociedade. Na base do ‘não é crime de sangue, assaltou (crime patrimonial), melhor passar a mão na cabeça, porque depois que sair pode virar latrocida (que é patrimonial mas com morte), melhor considerar uma “distribuição de renda” forçada”. Primeiro, depois de uma experiencia ruim as pessoas podem melhorar, há quem pegue cadeia e resolva melhor sair da vida do crime, mesmo sem programa de reabilitação. Não precisa procurar muito por exemplos. Há outros que demoram mais um pouco, perto dos 30 anos tem filho/filha e resolvem mudar de vida. E há quem fique solto e se torna pior, a capivara vai do 155 para o 157 e dai por diante. A cascata é a mesma dos ‘de menor’. Não misturam o pessoal do ECA com os do Codigo Penal no xilindro, o que não evita de se juntarem aqui fora. Alas, pessoal das facções estão mais ou menos a vontade vendo o sol nascer quadrado. Tem celular, visita intima (não nos presidios federais por enquanto) e drogas recreativas. Resumo é que não se deve generalizar pelo pior caso e ignorar o que desmente a tese.

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