CAMPANHA. Como já era (mais ou menos) esperado, contas quase zeradas, as dos concorrentes à Prefeitura

Por JOYCE NORONHA (com foto de Reprodução), no jornal A Razão
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o primeiro balanço relativo ao envio à Justiça Eleitoral dos relatórios financeiros de campanha de partidos e candidatos. Em Santa Maria, apenas dois candidatos apresentaram verba para suas campanhas e estes recursos próprios. Com a Reforma Eleitoral, a legislação diz que os relatórios financeiros devem ser encaminhados à Justiça Eleitoral até 72 horas a partir do recebimento da doação.
Conforme o portal Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (DivulgaCandContas) do TSE, Valdeci Oliveira (PT) repassou R$ 5 mil para a conta da própria campanha e Werner Rempel (PPL) depositou R$ 15 mil em sua conta do período eleitoral.
Valdeci diz que está em busca de recursos. Ele diz que será necessária mobilização após as mudanças estabelecidas pela Reforma Eleitoral – agora é vedada a doação de pessoas jurídicas e empresas. Rempel diz que conversou com apoiadores, que devem fazer doações nos próximos dias. Contudo, ele menciona que poderá fazer mais depósito para a própria campanha.
SEM RECURSOS
Os demais candidatos seguem com as contas zeradas. Alcir Martins (PSol) e Fabiano Pereira (PSB) comentaram ao A Razão que tiveram problemas com a abertura das contas bancárias. Alcir diz que como foi o último postulante a fazer o registro de candidatura, estava no aguardo do CNPJ, que a Justiça Eleitoral cria para cada candidato e é fundamental para abrir a conta corrente. Já Fabiano, foi uma questão burocrática no banco que fez o processo demorar.
Além de precisar esperar a regularização da conta, Fabiano comenta que aguarda repasse de verba do fundo partidário, prometido pela executiva estadual do PSB. A mesma situação acontece com Marcelo Bisogno (PDT). O trabalhista diz que aguarda o envio de recursos pela executiva estadual do PDT e que também conversa com possíveis doadores.
O concorrente pelo SD, Jader Maretoli, afirma que ainda não recebeu doações para a campanha e opina que este início da propaganda eleitoral deve ser tímida, com poucos recursos. Jorge Pozzobom (PSDB) relatou à reportagem que tem um comitê específico para cuidar das finanças de campanha. Contudo, ele não sabia informar se algum recurso foi doado para sua campanha após o primeiro balanço do TSE.
A reportagem tentou contato com o candidato Paulo Weller (PSTU), mas ele não atendeu aos telefonemas, nem retornou às ligações até a publicação deste texto.
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Se esse Obrando trabalhasse de verdade, não teria taaaaaaaaaaanto tempo para ficar comentando nesse site. Pelas minhas estimativas, a fixação dele pelo PT consome umas 8h por dia…
Valdeci repassou também seu plano de governo. Primeira coisa que se nota é que aparentemente não recomenda o voto nele. Primeira coisa que se lê é “Santa Maria precisa de trabalho de verdade”. Quem está na política saido de um sindicato não deve lembrar o que é trabalho de verdade.
São 72 páginas e 4 eixos: transparência e participação popular, inclusão social, resgate da cidadania e desenvolvimento sustentável. Aqui já existe um problema, transparência é obrigação legal, não algo discricionário. É como um motorista de ônibus prometer que vai dirigir de forma segura e não colocar em risco os passageiros. Pior, tem muita gente boa que joga os dados de qualquer maneira na web e o quem vai pesquisar não encontra o que procura.
Participação popular é o de sempre, orçamento participativo, muitos conselhos, conselho dos conselhos, congresso da cidade (tentativa de fazer “democracia direta”), reuniões do prefeito e secretários pela cidade. Tudo para inglês ver, a participação nestes eventos todos é muito controlada, a população não se interessa ou não tem tempo para participar.
Depois vem a propaganda, algumas coisas copiadas de Canoas e recriar o jornal Santa Maria Notícias, alguns jornalistas do PT devem estar precisando de emprego. Querem criar também um jornal do servidor e uma rádio web da prefeitura. Não sei de onde irão tirar dinheiro para isto, provavelmente da saúde.
Próximo item: saúde. Ao invés de documentar as ações futuras, entram na descrição do sistema e generalidades, não se comprometem. Falam em prevenção mas não em como vão resolver os problemas. Falam em restaurantes e cozinhas comunitárias. Falam em HIV mas não dizem qual o maior fator de contaminação, drogas ou outra coisa. Em seguida enumeram coisas, parece um tabalho do ensino médio mal feito: Propostas – atenção primária exames; gestão – construir projetos para captar recursos. Mencionam o regional.
Educação. “Nenhuma criança fora da escola”: ninguém pensou e falou nisto antes. Fortalecimento da EMAI, capacitando mão de obra para trabalhar não sei onde. Enfase no ensino de história da áfrica e indígena. Feminismo. Diversidade sexual.
Cidade propriamente dita. Regularização fundiária. Assistência social. Crianças e adolescente. Idosos.
Segurança pública: criar setor na prefeitura para tratar do assunto, mesmo não sendo atribuição municipal. Campanha de desarmamento. Atendimento ao pessoal do sistema semiaberto. Concurso para a guarda municipal. 100% de iluminação pública com lâmpada de LED’s (coisa barata).
Gestão pública. Nada de diminuir burocracia, só fala em torná-la mais transparente.
Gestão ambiental. Zoneamento ambiental. Plano de mudanças climáticas. Rede de sementes de árvores nativas (isto é bom!). Nada de coleta seletiva de lixo. Mantém a Corsan como fornecedora de água de SM. Uso de bicicletas, transporte coletivo. Carona “solitária”.
Desenvolvimento rural. Criar câmara para os atores discutirem, viajaram na maionese. Nada de incentivar a produção de artigos com maior valor agregado.
Desenvolvimento industrial: dar um jeito no DI.
Economia solidária mais do mesmo, turismo idem.
Inclusão da população negra, indígena, quilambola e cigana. Políticas educacionais que combatam a LGBTfobia.
Dá para concordar ou discordar com o que está escrito. De modo geral perdem muito tempo descrevendo como são as coisas e não detalham como irão resolver os problemas, Ações ficam muito genéricas. É visível que alguém gastou tempo elaborando o documento, não jogaram qualquer coisa no papel só para cumprir a formalidade.