Arquivo

Fatec, Fundae, etc. Em tempos de “Operação Rodin”, vale a pena prestar atenção em Brasília

Acompanhe a íntegra da nota de Rodrigo Ledo, repórter que publica seus textos no sítio de Etevaldo Dias. Ele trata da CPI das ONGs, para a qual ninguém dava um tostão furado mas que, de repente, recebeu algum holofote, por sua tentativa de investigar as fundações universitárias. Lá no final, também o meu comentário. Confira:

 

“Governistas querem poupar fundações universitárias em CPI

O novo embate na CPI das ONGs – e que reforça a fama da CPI das ONGs de “emperrada” ou “natimorta” – se dá em torno do pedido de informações e convocações de depoentes relacionados às fundações de apoio de universidades.

Esta semana, mais uma vez o presidente da comissão, senador Raimundo Colombo (DEM-SC), tentará aprovar um requerimento para obter dados de transações financeiras de fundações de algumas das universidades públicas mais prestigiadas: UFRJ, USP, Unicamp, UFRGS, UFMG, UFPE e UFV (MG).

Mas os membros governistas da CPI têm argumentos para barrar esse requerimento amplo de pedido de informações. Para eles, a iniciativa joga na “vala comum da suspeição”, como ressaltou o senador Sibá Machado (PT-AC), universidades brasileiras de ponta e pode comprometer a imagem e, conseqüentemente, projetos importantes das instituições.

Para sorte dos governistas, um fato que reforça a alegação foi o recente depoimento na CPI do reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Arquimedes Ciloni. Segundo o acadêmico, uma ONG que congrega várias universidades públicas e privadas (a Unitrabalho) teve um convênio internacional suspenso por meses enquanto o noticiário abordou (em 2006) suspeitas de fraudes relacionadas ao chamado escândalo do dossiê, na última eleição. No final das contas, ressaltrou Ciloni, nada foi constatado por policiais e promotores, mas o dano à imagem e ao trabalho da ONG havia sido concretizado.

Dessa forma, os senadores Sibá Machado e Wellington Salgado (PMDB-MG), por exemplo, defendem que cada universidade seja analisada isoladamente e, apenas em face de “indícios graves”, sejam aprovados requerimentos sobre apurações.

Resposta

Mas os integrantes oposicionistas da CPI rebatem veementemente os governistas. Para senadores do DEM e PSDB, se eles próprios fossem reitores de universidades ou presidentes de fundações iriam defender a total transparência dos dados para esclarecer de uma vez por todas os repasses de verbas e atividades referentes às suas instituições.

Além disso, destaca a oposição, os sinais “inequívocos” de irregularidades na Finatec (fundação da UnB) sustentam a necessidade de passar o pente fino no ambiente universitário.

Como os governistas detêm maioria na comissão e o clima está mais para o impasse, o presidente da CPI e outros oposicionistas ameaçam abandonar os trabalhos caso não ocorram aprovações de quebras de sigilo e pedidos de informações.”

 

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: fico a me perguntar por que o caso do Detran, que envolve a Fatec e a Fundae, vinculadas à UFSM, sequer são citadas. Ok, ok, ok. Não tem ONG envolvida, mas enfim, a CPI investiga qualquer coisa que possa dar alguma luz aos seus integrantes, que de repente eles “descobrem” algum ponto de interesse. Ou, quem sabe, não tem nada a ver. Ou, ainda, somos mesmo uma falcatruazinha indigna de figurar e competir com outras. Você decide a resposta que mais lhe aprouver.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo