OBSERVATÓRIO. Conviver com quatro candidatos no mesmo Palacete parece ser muito simples. Só parece

Ao colunista, por e-mail, Cezar Schirmer declarou, textualmente: “A eleição no município é resultante de uma ampla coligação, na qual os partidos que nos apoiaram compõe coligações diferentes nos planos estadual e nacional. A mim cabe respeitar as autonomias destes partidos e preservar as nossas boas relações locais”.

Parece simples, não? Ele respondia à questão: como conviver, no Palacete da SUCV e no governo inteiro, com apoiadores de todos os quatro principais candidatos ao Palácio Piratini.

Ah, ainda há ainda a questão administrativa, realçada pelo prefeito: “em horário de expediente e dentro dos próprios municipais, ninguém fará campanha para qualquer candidato”, esclareceu. É verdade. Ainda assim, militantes conseguirão passar o tempo todo sem tocar no tema? E, papeando, estará tudo ok?

Vamos combinar: é o que deseja o cidadão. Mais: pode-se acreditar perfeitamente na sinceridade do prefeito. Mas, decididamente, fácil não será. Mais exato seria dizer que se trata de situação bem complicadinha.

De que se está escrevendo? De algo bem concreto. O prefeito e um punhado de secretários e Cargos de Confiança apoiam e fazem campanha por José Ivo Sartori, do PMDB. O vice e secretários, inclusive o Chefe de Gabinete do prefeito, chancelam Ana Amélia Lemos, do PP.

São os principais. Há mais. Militantes do PTB (inclusive a secretária de Desenvolvimento Social) e do PC do B, incrustrados no governo, buscarão votos para Tarso Genro, do PT, com o qual se aliaram. O secretário de Mobilidade Urbana e mais um tanto de CCs, estão com Vieira da Cunha, do PDT, partido no qual militam.

Schirmer garantiu ao titular de Observatório que, como prefeito, receberá todos os candidatos que quiserem visitá-lo. É algo institucional. Mas, cá entre nós, você – se achava isso, claro – ainda considera essa uma situação simples?