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ESPORTE. Como o reconhecimento do flag football nos Jogos Olímpicos pode fortalecer o SM Soldiers

Para Kelly Veiverberg, atleta e técnica, a visibilidade afetará positivamente

Apesar do vice no Gauchão deste ano, Soldadas são as maiores campeãs do RS, com cinco títulos (Foto Gabriel Haesbaert/Divulgação)

Por Pedro Pereira

Na segunda-feira (16), o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou oficialmente a adição de beisebol, lacrosse, squash, críquete e flag football na disputa dos Jogos Olímpicos de 2028, a serem realizados em Los Angeles, Estados Unidos. Ainda será analisado se as modalidades seguirão nas edições seguintes. A aprovação aconteceu em uma reunião em Mumbai, na Índia, a partir de uma proposta da cidade-sede.

De acordo com Kelly Veiverberg, jogadora e atual comandante técnica do time feminino do Santa Maria Soldiers, a inclusão do esporte derivado do futebol americano, com menos impacto físico, na competição é muito importante para a disseminação do esporte no Brasil. “Essa visibilidade facilitará muito para que as equipes consigam mostrar o flag de uma forma mais ampla e rápida”.

Para impedir a extinção do time, a atleta Kelly Veiverberg (de branco) sentiu a necessidade de assumir como técnica (Foto Instagram/Reprodução)

Ainda, a Soldada explica que esta é uma grande oportunidade tanto para o poder público notar a existência do cenário como também para instituições privadas investirem nos clubes e agremiações. “Hoje, enfrentamos muita resistência em conseguir apoio financeiro e patrocínio para desenvolver esportes diferentes do ‘tradicional’, como futebol e voleibol”.

Gaúchos no âmbito nacional

Embora o flag football seja um esporte ainda em desenvolvimento em todos os cantos do Brasil, a visão que os adeptos de outras regiões têm sobre a prática da modalidade em território gaúcho é uma questão, nas palavras de Kelly, “delicada. O Rio Grande do Sul é subestimado”. Complementa a atleta: “até pouco tempo atrás, o Estado nem era visto no mapa”, por conta de questões culturais e estruturais das equipes.

A criação das “Pampeanas”, time que reuniu as melhores jogadoras do cenário para a disputa da Copa Sul de 2022, que também contou com esquadrões de Santa Catarina e do Paraná, aumentou a visibilidade dos talentos que podem ser encontrados nos pampas. Entretanto, desde que a nova gestão assumiu a Federação Gaúcha de Futebol Americano (FGFA), não houve mais sinais de reformar a Seleção estadual.

A quantas andam as “Soldadas”

Ainda à procura de um treinador, a divisão feminina de flag football do Soldiers segue na ativa, com Kelly orientando o elenco nos treinamentos e nas demais atividades. A ideia é organizar o time santa-mariense e organizar um desenvolvimento técnico das atletas de forma sólida. Entretanto, a Soldada confirma que assumiu as rédeas da comissão técnica “não somente por uma escolha mas por uma necessidade de não deixar que a equipe se desfaça ou se enfraqueça”.

Vale destacar que a histórica jogadora esteve presente em todas as campanhas vitoriosas do “Exército”, tendo conquistado dois Campeonatos Gaúchos – em 2018 e 2019 – e três Copas RS – em 2017, 2018 e 2019 -, além do vice-campeonato estadual de 2023. A edição deste ano da Copa Sul estava prevista para acontecer no início deste mês mas, em função das chuvas, foi adiada para o mês de dezembro. A técnica confirma, contudo, que não é do interesse do Soldiers disputar o certame regional.

“Será uma competição de alto nível. Como estamos nos reorganizando por conta da saída de muitas atletas experientes, e a chegada de atletas a serem lapidadas, acreditamos não estarmos prontas para esse desafio. Além disso, é um custo elevado para a participação na competição e nossa equipe ainda busca apoio financeiro para campeonatos”. A Copa RS “é uma realidade mais próxima para que o time de flag football de Santa Maria volte aos campos” caso o campeonato seja realizado nesta temporada, declarou Kelly.

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